Dengue, Zika, Chikungunya e Covid-19: Semelhanças e diferenças entre as doenças

A médica especialista em gastroenterologia e hepatologia, Dra. Suzete Notaroberto explica também os fatores de risco e formas de se prevenir

  • Data: 07/06/2021 11:06
  • Alterado: 07/06/2021 11:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Dengue, Zika, Chikungunya e Covid-19: Semelhanças e diferenças entre as doenças

Crédito:Divulgação

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Há pouco mais de um ano o Brasil enfrenta uma pandemia de Covid-19 e, ao mesmo tempo, vê o aumento no número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya. O fato de existirem semelhanças entre alguns dos sintomas de cada doença mostra o quão importante é entender as diferenças entre ambos para assim se prevenir e procurar o atendimento médico quando necessário.

As quatro doenças são causadas por vírus e, em três delas, a transmissão se faz por um vetor: o mosquito Aedes Aegypti, responsável pelos casos de Dengue, Zika e Chikungunya. O mosquito não é natural do nosso país, porém o clima tropical brasileiro propicia a sua reprodução. Já o vírus da Covid-19, o Sars-Cov-2, é transmitido de pessoa a pessoa, o que facilita a propagação pelo ar.

A Covid-19 é uma doença respiratória que muitas vezes pode gerar outras complicações, enquanto as doenças transmitidas pelo mosquito geralmente ficam na corrente sanguínea. Entretanto, por mais que tenham transmissões diferentes, os sintomas iniciais tendem a ser semelhantes, como febre e um quadro gripal.

De acordo com a médica especialista em gastroenterologia e hepatologia, Dra. Suzete Notaroberto, as três doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti apresentam manifestações no trato gastrointestinal, mas os sintomas são um pouco diferentes, o que ajuda na identificação.

“Em casos de dengue, o paciente pode vir a sentir febre; dores nas articulações, mais frequente nas mãos e pés, com possível inchaço; dor muscular, dor de cabeça e atrás dos olhos, apresentar erupções cutâneas pelo corpo, acompanhadas de coceira, entre outros. No caso do zika vírus, pode haver um predomínio de conjuntivite: um quadro de vermelhidão e inchaço nos olhos, sem secreção. Em gestantes o quadro é preocupante, havendo o risco de microcefalia. Já em Chikunguya, as dores articulares podem vir a durar até seis meses e a dengue pode evoluir para um quadro grave”, disse.

A especialista ainda ressalta que os quadros de Covid-19 podem apresentar sintomas leves como perda de olfato e paladar, seguindo até quadros graves de insuficiência respiratória. A doença geralmente se manifesta como uma gripe comum, podendo evoluir para o acometimento pulmonar em vários graus, até mesmo a morte. A Covid-19 também pode provocar sintomas no aparelho digestivo como dor abdominal, náuseas, vômito, diarreia e hepatite.

Duração de cada sintoma e fatores de risco

Em tempos de coronavírus, ir ao atendimento médico na primeira manifestação de sintomas não é recomendado, por isso fique atento ao tempo de persistência de cada sintoma. Em casos do Dengue, a pessoa pode demorar entre três a 15 dias para manifestar os primeiros sintomas como dores nas articulações e febre, enquanto que a Chikungunya de dois a 12 dias, e Zika de três a 12 dias. Já com a Covid-19, os sintomas podem se manifestar com cinco dias após exposição ao vírus Sars-CoV-2, embora esse prazo possa se estender por até duas semanas. Os primeiros sinais podem ser febre e perda de olfato e paladar.

Dra. Suzete explica que cada doença pode apresentar uma pior evolução em pessoas com comorbidades, principalmente em casos de Dengue e Covid-19. “É importante ressaltar que as principais comorbidades são: doenças pulmonares, cardíacas, problemas na tireoide, doenças renais, obesidade, cirrose, diabetes, hipertensão arterial, câncer, entre outras descritas pelo Ministério da Saúde”, finaliza.

Como ter um diagnóstico e prevenção

A melhor forma de prevenção das quatro doenças continua sendo a conscientização. A ação conjunta da população com os órgãos públicos pode resultar na queda de infecções das doenças em determinadas regiões. No caso da Dengue, Zika e Chikungunya, a melhor alternativa é evitar a reprodução do mosquito transmissor, e para isso cada um pode colaborar eliminando locais com água parada frequentemente, bem como se protegendo com uso de repelente. No caso da Covid-19, o distanciamento social, uso de máscaras e higienização recorrente das mãos com água e sabão e/ou com álcool em gel são as medidas mínimas para atenuar as infecções pela doença. Vale lembrar também que deixar os ambientes abertos para a circulação do ar é também uma alternativa eficaz.

Como é o tratamento

Infelizmente não há medicamento cientificamente comprovado que garanta a proteção contra todas as doenças citadas, por isso a palavra adequada é “prevenção”. Entretanto, caso os sintomas sejam fortes, o atendimento médico é essencial. Apenas com monitoramento de especialistas será possível mensurar o tempo de tratamento e evitar riscos maiores para a saúde.

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  • Data: 07/06/2021 11:06
  • Alterado:07/06/2021 11:06
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