O Boom das Séries Espanholas após ‘La Casa de Papel’

Netflix, HBO, Amazon Prime Video e a ViacomCBS abriram centros de produção no país. Com a globalização das plataformas de streaming outros países embarcaram na produção de séries

  • Data: 30/03/2021 09:03
  • Alterado: 30/03/2021 09:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
O Boom das Séries Espanholas após ‘La Casa de Papel’

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O inesperado sucesso de La Casa de Papel, que estreou em 2017 na Netflix, provocou uma corrida por outras séries da Espanha. As Telefonistas, também de 2017, Merlí, que começou na verdade em 2015, e Elite, em 2018, entraram nas playlists de muitos espectadores. O que era uma marola virou um tsunami.

Praticamente não passa mês sem o lançamento de uma nova série produzida na Espanha, e não só na Netflix – que, aliás, estreou em março Sky Rojo, a nova produção dos criadores de La Casa de Papel. HBO e Amazon Prime Video também embarcaram na mesma onda.

Uma volta ao mundo, pela tela

As séries espanholas não são as únicas a alcançar o mundo inteiro. Há a sul-coreana Kingdom (Netflix), sobre um príncipe tendo de enfrentar uma epidemia de ressurreição de mortos. As alemãs Das Boot (Starzplay), um drama da 2ª Guerra passado em grande parte nos submarinos nazistas, e Dark (Netflix), uma série sobre viagem no tempo que deu nó na cabeça de muita gente.

A italiana Zero Zero Zero (Amazon Prime Video) é um drama de crime sobre o comércio de cocaína, baseada num livro de Roberto Saviano. A sueca Beartown (HBO) investiga o efeito do ambiente de masculinidade tóxica numa pequena cidade obcecada por hóquei. A israelense Shtisel, que estreou sua 3ª temporada na Netflix, mostra o cotidiano de uma família ultraortodoxa em Jerusalém.

A norueguesa Beforeigners (HBO) tem pessoas voltando da pré-história, da era viking e do século 19 e emergindo na Oslo de hoje. A francesa Lupin (Netflix) é um thriller de mistério estrelado por Omar Sy, como filho de imigrante senegalês que deseja vingança pela prisão do pai.

Também da França, vem a comédia Dix pour Cent, que estreou sua 4ª e última temporada na Netflix. Desvenda os bastidores do cinema e da TV, um pouco como a inglesa Extras, sobre figurantes e a mezzo inglesa, mezzo americana Episodes, sobre um casal de roteiristas lidando com os excessos de Hollywood, especialmente do ator Matt (vivido por Matt LeBlanc). Só que, em Dix pour Cent criada por Fanny Herrero, os verdadeiros heróis são os agentes dos famosos e seus assistentes, como Andréa (Camille Cottin), Gabriel (Grégory Montel) e Hervé (Nicolas Maury).

A cada episódio, há a participação especial de um ator ou diretor francês famoso. No começo não foi fácil, contou M Marc Fitoussi, showrunner da 4ª temporada ao lado de Antoine Garceau, em entrevista ao Estadão, durante o festival Canneseries. “Eles não sabiam o que iam encontrar. Mas, depois, um monte de gente pedia para participar.”

Passaram pela série Cécile de France, Isabelle Adjani, Juliette Binoche, Isabelle Huppert e Monica Bellucci, entre outros. Na temporada derradeira, aparecem Jean Reno, Charlotte Gainsbourg e Sigourney Weaver. “A Sigourney disse que amava a série, porque as situações valiam tanto para o cinema francês quanto para Hollywood”, disse Garceau.

Para o ator Nicholas Maury, que também falou ao Estadão durante o Canneseries, foi uma grande surpresa ver o sucesso da série. “Recebo muitas mensagens nas redes sociais de brasileiros dizendo que amam a série e queriam que fosse ao Brasil. Será que eles gostam por causa das paisagens de Paris?”, perguntou o ator.

Ver Paris nunca é ruim. Mas a explicação talvez seja mais simples: os brasileiros e espectadores de todo o mundo simplesmente se conectam com os perrengues vividos pelos funcionários da agência de talentos. “Acredito que no início viam por causa das estrelas, mas depois se apaixonaram por essa família de agentes”, disse Fitoussi.

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  • Data: 30/03/2021 09:03
  • Alterado:30/03/2021 09:03
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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