Empresas criam rede voluntária para recuperação de respiradores
O Senai formou parceria com dez empresas para fazer a manutenção de respiradores voltados para o atendimento de brasileiros infectados pelo novo coronavírus.
- Data: 30/03/2020 14:03
- Alterado: 30/03/2020 14:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Senai formou parceria com 10 empresas para recuperação de respiradores
Crédito:Reprodução
As empresas que fazem parte da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) são: ArcerlorMittal, Fiat, Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Renault, Scania, Toyota e Vale)
A indústria estima que até dez pacientes podem ser atendidos por cada aparelho recuperado.
Segundo a Associação Catarinense de Medicina e a Lifeshub Analytics, mais de 3,6 mil ventiladores pulmonares não estão mais em operação porque precisam passar por manutenção ou porque já foram descartados.
Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, os principais fabricantes de respiradores do Brasil não têm estoque do equipamento para entrega imediata e devem levar ao menos 15 dias para fornecer uma nova leva de aparelhos para os hospitais. Os aparelhos são essenciais para a manutenção da vida de pacientes com quadros graves de infecção pela covid-19.
A corrida para aquisição de respiradores também criou disputa entre o governo federal, Estados e municípios. Hospitais da rede privada também reclamam que ordens desencontradas para recolhimento de produtos ameaçam inviabilizar o atendimento de pacientes – além de expor equipes de saúde à contaminação por falta de insumos.
Pontos de entrega
O objetivo da iniciativa do Senai com as empresas é que os próprios hospitais enviem os equipamentos que necessitam passar por reparação. Os pontos de entrega estão espalhados por 13 Estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
“Esta é uma agenda extremamente importante dado o cronograma crítico da covid-19 e a necessidade determinante de ter o maior número de equipamentos com prontidão, em funcionamento”, disse o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.