Pazuello reconhece falta de equipamentos e leitos de UTI em Manaus
Em Manaus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reconheceu nesta segunda-feira, 11, que há falta de equipamentos e leitos de UTI na capital amazonense
- Data: 11/01/2021 16:01
- Alterado: 11/01/2021 16:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Pazuello reconhece crise da pandemia em Manaus
Crédito:Carolina Antunes/PR
Durante apresentação do Plano Estratégico de Enfrentamento à Covid-19, o ministro também abordou o aumento de casos da covid-19 em Manaus e a sobrecarga do sistema de saúde. Em um mês, o número de sepultamentos na cidade triplicou.
Ele defendeu que é necessário reforçar o trabalho das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o reconheceu que a cidade passa por uma crise de falta de equipamentos de oxigênio e de leitos de UTIs. “Faremos o que for possível para ajudar neste sentido”, declarou sem trazer detalhes.
O prefeito de Manaus defendeu a união de forças de todas as esferas administrativas para combater a pandemia causada pelo coronavírus. “Infelizmente, Manaus é a única capital do País que ainda não possui uma gestão plena em Saúde. Temos que salvar vidas e pensar menos em política, mais gestão e menos política”, frisou.
No domingo, 10, Manaus superou o número de mortes diárias em um único dia com o registro de 144 mortes. Em uma semana, desde o domingo passado, 3, a capital já contabilizou 838 sepultamentos.
De acordo com a prefeitura de Manaus, entre as 144 mortes deste domingo, 105 foram nos espaços gerenciados pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp). Não houve opção pelo serviço de cremação, assim como também não ocorreu o registro de óbito oriundo de outra cidade. Já nos cemitérios particulares, foram realizados 39 enterros.
O Comando Conjunto Amazônia realizou, no fim de semana, o translado de 350 cilindros de oxigênio, da cidade de Belém, no Pará, para Manaus, atendendo a pedido em caráter emergencial da Secretaria de Estado de Saúde do Governo do Amazonas. Segundo o Comando Militar da Amazônia (CMA), a carga de 24,5 toneladas suplementa a necessidade do insumo para manter o serviço de saúde em funcionamento, e aumenta o estoque nas unidades de saúde da capital amazonense.
O desembarque da primeira carga ocorreu na noite da última sexta-feira, 8 de janeiro, na Base Aérea de Manaus, Zona Sul da capital amazonense, e foi repassada à empresa “White Martins” que atende à demanda do Estado do Amazonas.