Agora no C1 1.000m, Isaquias vai de novo atrás do ouro na Olimpíada de Tóquio
Nos Jogos do Rio, cinco anos atrás, Isaquias fez história ao conquistar três pódios naquela edição, se tornando o primeiro brasileiro a realizar tal feito
- Data: 05/08/2021 17:08
- Alterado: 05/08/2021 17:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Jonne Roriz / COB
Isaquias Queiroz inicia novamente sua busca por uma medalha nos Jogos de Tóquio nesta quinta-feira, às 21h52 (horário de Brasília), quando disputa a segunda bateria da prova de C1 1000m da canoagem velocidade. O baiano de Ubaitaba tem uma última chance de sair com pódio do Japão. E vai fazer de tudo para se classificar para a final no dia seguinte.
“Agora tem outra prova para buscar o ouro. Não quero sair daqui sem um ouro. O sonho não acabou”, disse o atleta após ficar na quarta colocação no C2 1.000 m, ao lado do parceiro Jacky Godmann, que também compete no C1, mas está escalado para a terceira bateria na raia do Sea Forest Waterway.
Ficar fora do pódio no C2 deixou Isaquias bastante incomodado. A dupla com Jacky foi formada há apenas quatro meses, pois o antigo parceiro, Erlon de Souza, teve uma lesão no quadril e acabou sendo cortado da Olimpíada. Nas disputas no Japão, os dois não conseguiram ser tão rápidos e acabaram ficando fora do pódio.
“A gente fez o que tinha que fazer. A gente foi bem, queríamos a medalha, mas para a gente, que treinou pouco tempo, um quarto lugar é uma boa colocação. Mas queríamos mais. Não é nem pela prova que eu falo que íamos brigar por medalha, é pelo nosso treino e esforço”, comentou Isaquias.
Ele aproveitou a pequena folga no calendário para se preparar um pouco mais para as provas individuais. Garante estar bem preparado para brigar com os grandes nomes da prova, como o alemão Sebastian Brendel, o checo Martin Fuksa e o cubano Fernando Jorge. “Brasileiro não desiste nunca, viemos para cá para brigar e vamos continuar treinando”, avisou.
Nos Jogos do Rio, cinco anos atrás, ele fez história ao conquistar três pódios naquela edição, se tornando o primeiro brasileiro a realizar tal feito. Foi medalha de prata no C1 1 000m e conquistou outra da mesma cor no C2 junto com Erlon, também nos 1.000m. E também garantiu um bronze no C1 200m.
Na canoagem velocidade, subir ao pódio numa mesma competição em duas distâncias tão equivalentes seria o mesmo que no atletismo um velocista de 100m rasos também ganhar medalha numa prova de fundo. Mas para Tóquio a distância de 200 metros saiu do programa olímpico e com isso Isaquias veio ao Japão para fazer apenas duas provas.
Já para os Jogos de Paris haverá a prova de 500m. “Depois vamos avaliar tudo e continuar o planejamento pensando em Paris-2024. Lá vai ser diferente, a prova vai ser curta, pois terá a distância de 500m. Mas agora não é hora de pensar nisso, é hora de virar a chave e focar no C1 1.000m”, avisou.
Após o quarto lugar em Tóquio, ele evitou ficar remoendo o resultado e passou a encarar sua última chance como meta para ganhar o ouro. Até por isso, o técnico Lauro de Souza Júnior já ajudou a colocar o foco novamente na disputa. “O Lauro não me deixou parar, não me deixou diminuir o ritmo. Ele me estimula”, contou Isaquias.
Na programação dos Jogos Olímpicos, as eliminatórias do C1 serão realizadas a partir das 21h44 desta quinta-feira. Já às 23h35 começam as quartas de final. No dia seguinte, sexta-feira, às 21h44, serão disputadas as semifinais, com a final A marcada para 23h53. E nesta hora que Isaquias quer chegar à sua medalha olímpica de ouro inédita.