Sesc Guarulhos promove bate-papo sobre bastidores de espetáculos circenses com acrobacias

Uma das mais conhecidas artes circenses é a da acrobacia. Ao assistir um espetáculo na grande lona, o público já espera encontrar os palhaços, em sua constante tarefa de divertir a plateia, mágicos com seus truques e segredos, malabaristas manipulando objetos e trapezistas executando arriscadas acrobacias a alguns metros de altura.

Estes artistas encantam o público, que muitas vezes sequer imagina como é feita a preparação para que um espetáculo possa ser apresentado de maneira segura.

Para revelar um pouco mais sobre os bastidores desta arte, o Sesc Guarulhos promove, no dia 15 de maio, o bate-papo Pelos Ares – Os Bastidores dos Espetáculos Aéreos.

A conversa, mediada pela programadora de artes cênicas do Sesc Guarulhos, Valéria Jenaite Taveiros,  traz os acrobatas Mônica Alla, Martin Sabatino e Ziza Brisola, que falam sobre as longas horas de treinamento e preparo dos espetáculos, em um esforço que une, além dos artistas, diversas pessoas que trabalham nos bastidores, desde equipe técnica, responsável pela montagem de estruturas, iluminação e som, até setores administrativos, de forma a atender à demanda burocrática para concessão de licenças e alvarás junto a órgãos regulamentadores para liberação das apresentações.

Mônica Alla é coreógrafa, bailarina e acrobata, formada em capoeira pela Associação São Bento Grande, de SP. No Brasil, transitou por diferentes universos artísticos. Fundou as companhias Nau de Ícaros e Linhas Aéreas, foi integrante do Acrobático Fratelli e participou de montagens do Teatro do Ornitorrinco e Teatro da Vertigem. Em Londres fundou a The Capoeira Dance Company e desenvolveu uma linguagem própria, a Flow Improvisation que une a capoeira e o contato improvisação. Desde 2007 é diretora artística do Grupo Ares, respeitado núcleo criativo com o qual ganhou o Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo – edições 2009 e 2011, o edital de Ocupação da Caixa Cultural SP em 2009, Caixa Cultural Curitiba em 2016, e o Prêmio Funarte Artes Cênicas de Rua em 2013. Coreografou os atos de pernas de pau e capoeira da Cerimônia de Abertura da Copa do Mundo FIFA 2014.

Martin Sabatino é mestre acrobata, especializado em aparelhos que possibilitam grandes voos, como os trapézios em balanço, de voos e petit volant. Foi ginasta e iniciou sua pesquisa acrobática no final dos anos 1980.

Ziza Brisola iniciou sua carreira profissional em São Paulo, em 1999. Já realizou treze espetáculos e recebeu prêmios importantes, como Shell de Teatro, Petrobrás Cultural, Fomento à Dança e Fomento ao Teatro.

Entre suas criações destacam-se “Memória Roubada” (2013), espetáculo de circo-teatro adulto criado em parceria com o diretor australiano Mark Bromilow e os grupos Solas de Vento (São Paulo) e Cia. Les Deux Mondes (Canadá). Foi vencedor do Prêmio CPT 2013, na categoria Melhor Projeto Visual, e indicado à melhor Direção. “O Animal na Sala” (2009), de dança-teatro, direção de Renata Melo, contemplado pelo Programa de Incentivo à Dança Paulista 2008 da SEC; “Pequeno Sonho em Vermelho” (2003), aprovado no Programa Petrobrás de Artes Cênicas, direção de Francisco Medeiros e Lucienne Guedes e dramaturgia de Fernando Bonassi; “Aqui Ninguém é Inocente“, direção de Maurício Paroni, resultado do projeto Voltaire de Souza – o intelectual periférico, contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro; e “Plano B” (2000), dirigido por Beth Lopes, que foi premiado no IV Festival de Teatro Físico-Visual da Cultura Inglesa e participou do Fringe Festival de Edimburgo, na Escócia, em 2001.