Queiroga assina hoje contrato com a Pfizer e fez novas mudanças na equipe de sua pasta

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que assinará nesta sexta-feira, 14, o contrato que prevê a aquisição de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer

  • Data: 14/05/2021 16:05
  • Alterado: 14/05/2021 16:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Queiroga assina hoje contrato com a Pfizer e fez novas mudanças na equipe de sua pasta

Queiroga ao lado da infectologista que assume a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19

Crédito:Tony Winston/MS

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Desse montante, 30 milhões chegariam até o fim deste ano, somando-se às 100 milhões já previstas até setembro no âmbito do primeiro contrato. Ou seja, seriam 130 milhões de imunizantes da farmacêutica até acabar 2021.

Sobre a Pfizer, ponto central da CPI da Covid em curso no Senado o ministro evitou tecer comentários relativos à suposta omissão do governo brasileiro durante a gestão do general Eduardo Pazuello na Saúde. “Não estou aqui para julgar ninguém. Sou ministro da Saúde, não participei dessas negociações”, disse.

“Fui à CPI, prestei os esclarecimentos aos senadores, fiquei lá mais de 10 horas. Nosso dever como brasileiro é ficar à disposição das autoridades para prestar contribuições e fortalecer nossa democracia. Se julgarem conveniente que eu vá novamente, irei como fui da última vez, entrando pela porta da frente.”

A reconvocação de Queiroga é cogitada porque, segundo os senadores, ele não foi enfático ao falar sobre a cloroquina, medicamento ineficaz para o combate à covid que foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Chefe da farmacêutica americana Pfizer no Brasil à época das negociações para compra de vacinas contra a covid-19, Carlos Murillo participou nesta quinta-feira, 13, da CPI da Covid no Senado. Atualmente, ele é gerente-geral da empresa para a América Latina.

Em depoimento, Murillo afirmou que o governo Bolsonaro ignorou por três meses negociações de vacina. Segundo ele, a empresa sugeriu 100 milhões de doses a serem entregues em 2020 e 2021, mas o governo federal só respondeu no dia 9 de novembro.

Ao abordar temas mais políticos, o ministro também negou que haja problemas diplomáticos com a China para o recebimento de ingrediente farmacêutico ativo (IFA). A dificuldade em receber esses insumos faz com que o Butantan e a Fiocruz prevejam atraso na produção das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, respectivamente.

Ele também jogou para a Fiocruz a responsabilidade de responder sobre a data em que será oficializado o acordo tecnológico que permitirá ao País produzir IFA. Disse apenas que está “na iminência” de ser finalizado. Quando isso for permitido, segundo o ministro, o Brasil poderá produzir 1 milhão de doses diárias de vacina.

Hoje Queiroga promoveu alterações na equipe da pasta. Uma delas foi a Infectologista Luana Araújo que vai chefiar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, responsável por coordenar ações contra o coronavírus

Ela é defensora da vacinação em massa, já declarou ser favorável a medidas restritivas e contra o “kit covid”, mesmo para pacientes com sintomas leves. Recentemente, ela afirmou que “todos os estudos sérios” demonstram a ineficácia da cloroquina e que a ivermectina é “fruto da arrogância brasileira” e “mal funciona para piolho”, posições que  destoam do negacionismo de  Bolsonaro

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