IES consorciadas ao STHEM Brasil vão criar Mapa do Ensino Híbrido
Estudo será apresentado no dia 19 de agosto em evento promovido pelo Semesp
- Data: 19/07/2021 18:07
- Alterado: 19/07/2021 18:07
- Autor: Redação
- Fonte: STHEM Brasil
Crédito:Reprodução
Nesta segunda-feira (19), o presidente do Consórcio STHEM Brasil, Fábio Reis, se reuniu com as IES consorciadas (compareceram 46 de um total de 64) para propor a construção de um Mapa do Ensino Híbrido, mostrando como as instituições de ensino superior no Brasil trabalham o tema, com o objetivo de subsidiar os órgãos governamentais, por intermédio do Semesp, com novas informações para a criação de políticas públicas voltadas para essa modalidade.
Para que o resultado aconteça, o consórcio realizará uma nova reunião no próximo dia 2 de agosto, de apresentação dos resultados dos questionários respondidos pelas IES consorciadas, para mostrar os resultados preliminares, de forma que o Mapa do Ensino Híbrido seja apresentado em primeira mão durante a 5ª edição do evento on-line do Semesp, “O Futuro do Ensino Superior”, que será realizado no próximo dia 19 de agosto, com início às 9 horas.
“O ensino híbrido está crescendo muito, e o Semesp sabe que nós, do Consórcio STHEM Brasil, temos falando bastante sobre o tema. Será importante as IES que integram o consórcio trocarem informações, para construirmos algo em conjunto e nos posicionar. É nossa vocação e nosso propósito incentivar a inovação acadêmica e ajudar as instituições a realizarem transformações. E por meio do ensino híbrido nós podemos instigar mudanças e inovação da melhor forma possível, trocando informações”, disse Reis.
O presidente do consórcio lembrou de sua participação, há duas semanas, em uma reunião no Conselho Nacional de Educação (CNE). “O CNE tem uma Comissão Bicameral do ensino básico, fundamental e superior, compostas por duas câmaras, e nesse exato momento estão discutindo o ensino híbrido. O Semesp apresentou sugestões ao CNE por meio de um documento, e várias associações se posicionaram em reunião recente sobre o que pensam sobre a modalidade. Por essa razão, queremos trabalhar de forma séria e bem organizada essa questão”, pontuou.
Fábio Reis propôs também, aos presentes, a criação de um Grupo de Trabalho para discutir e propor ações coletivas sobre o ensino híbrido. “A minha primeira sugestão de ação é sinergia e troca de experiências. E para trocar experiências, precisamos construir um mapa comparativo com o objetivo de ter uma fotografia do consórcio STHEM Brasil e de como as nossas IES consorciadas estão lidando com o ensino híbrido”, enfatizou.
Reis apresentou, então, uma proposta encaminhada pelo pró-reitor da Cruzeiro do Sul Educacional, Carlos Fernando de Araujo Jr., de enviar por email para as consorciadas um instrumento com várias questões para identificar o uso do ensino híbrido, dividido nas seguintes categorias: informações institucionais, organização do modelo acadêmico, infraestrutura e adaptação tecnológica, formação de professores e alunos.
Representantes das IES consorciadas deram sugestões e levantaram alguns pontos que ainda geram dúvidas em relação definição e aplicação do ensino híbrido. A Profª. Ana Valéria Reis, diretora de inovação acadêmica da Faculdade Santo Ângelo (FASA) e especialista em ensino híbrido, disse que “para se criar uma radiografia do ensino híbrido, é necessário saber como é que cada instituição pensa o ensino híbrido, porque se está diante de conceitos diferenciados. Qualquer tipo de mistura que se faça, até mesmo do professor que usa uma ferramenta digital em sala de aula, pode-se dizer que uma instituição está fazendo ensino híbrido?”, questionou e completou: “Então para que todas as IES mapeiem qual é esse conceito utilizado e como se realiza, o mapa facilita uma fragmentação. Com essa visibilidade pode-se compreender como essa distribuição ocorre, quais são as ações que realmente devem ser feitas e como o consórcio pode estabelecer indicadores de um bom uso do ensino híbrido”.
Rogério Profeta, da Universidade de Sorocaba, lembrou da importância de se entender os conceitos do ensino híbrido. “Eu percebo que existe uma confusão conceitual do que é ensino híbrido, do que é ensino on-line, o que é aula síncrona, o que é EAD e o que é high flex. A proposta que eu trago é começar pela definição técnica do que é ensino híbrido. Uma vez definida, o consórcio estaria nos posicionando em todo o espectro do ensino híbrido, porque acredito que em algumas aulas a Universidade de Sorocaba pode estar plenamente praticando o ensino híbrido e em outras estar completamente fora e a nossa meta é estar até 2022 efetivamente praticando o ensino híbrido”.
Já a professora da Unicesumar, Iara Almeida, alertou para a importância de enviar as questões do instrumento proposto pela Cruzeiro do Sul Educacional também para os professores. “Eu acho importante enviar esse questionário para os professores, porque são eles que podem indicar o quanto conseguem aplicar ou não o ensino híbrido e qual é a compreensão que se tem sobre, para depois cada instituição se posicionar percentualmente. Não adianta aplicar a nível de gestão se os professores não vão conseguir aplicar em sala de aula”.
Em seguida, Fábio Reis lembrou aos participantes que “os objetivos da proposição são produzir material sobre o tema ensino híbrido e mostrar para a sociedade o que o consórcio pensa, interferir e contribuir para a criação de políticas públicas e dar continuidade a um diálogo com os formuladores dessas políticas”. Por fim, o presidente do STHEM Brasil, que é também diretor de Redes de Cooperação do Semesp, convidou as IES consorciadas a responderem pesquisa do Semesp, desenvolvida pelo Grupo de Trabalho de Inovação, sobre as tecnologias educacionais mais usadas no ensino híbrido.