Roger Mello é o novo convidado de Um Certo Alguém
O escritor, dramaturgo e ilustrador responde às quatro perguntas feitas pelos jornalistas do Núcleo de Comunicação da organização
- Data: 19/05/2021 11:05
- Alterado: 19/05/2021 11:05
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
Um Certo Alguém
Crédito:Lee Sun Hyun
Roger Mello, é o novo entrevistado da coluna Um Certo Alguém, no dia 20 de maio, quinta-feira, no site do Itaú Cultural, www.itaucultural.org.br. Com livros publicados em países como França, Bélgica, Suíça, China, Coréia do Sul, Japão, Suécia, Dinamarca, Argentina e México e mais de uma dezena de obras lançadas, no fim do ano passado ele foi o único brasileiro a concorrer ao Astrid Lindgren Memorial Award (Alma), um dos mais importantes prêmios da literatura infantil no mundo, concedido pelo Conselho de Artes da Suécia. Em meio a tantas narrativas, por ele mesmo criadas, durante a conversa com os jornalistas do Núcleo de Comunicação da organização ele reflete que se “as utopias morrerem, façamos, ainda, desenhos na folha, na terra ou no tablet, como quem projeta um canto de luta”.
Nas entrevistas semanais publicadas em Um Certo Alguém, são feitas quatro perguntas aos entrevistados: qual é a história de sua maior saudade? o que o emociona no dia a dia? como você se imagina no amanhã? e quem é? Elas abordam passado presente e futuro, de forma a aproximar, a cada nova edição da série, público e personalidades do meio da arte e da cultura.
O único ilustrador brasileiro a ter um prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil, ele diz que tem saudade do futuro. “Pegamos um desvio em direção ao retrocesso, contra qualquer previsão ou presságio,” afirma Roger. “Começamos a voltar de casa em casa num jogo de tabuleiro, enquanto o tabuleiro se desmancha. Justo nós que voávamos para um futuro em invenção. Falo de Maria Martins, Darcy Ribeiro, Anísio Teixeira, de Bispo do Rosário e Noemisa”, completa.
No dia a dia, o que o emociona são as histórias. “Reatar a história nos fios que nos levam a uma América do Sul de 500 anos, à cidade de Caral, à rocha mural em Serranópolis, à montanha-cidade de Tayrona, em paredes circulares.” No amanhã, ele se enxerga surpreso, “em ver que nossa luta e insistência em favor do acesso à arte e ao livro foram maiores do que a ganância, o egoísmo e a irreflexão de nossos governantes”. Roger se percebe como um artista, participante do Instituto de Leitura Quindim, “que sabe que as profissões mais importantes do mundo são as de professora e professor, bibliotecário e bibliotecária, sendo que uma envolve a outra, com arte”.