Ato marca a entrega da nova e revitalizada Fundação das Artes
Evento no último sábado (28) contou com a presença do ator Marcos Frota, que foi professor na instituição
- Data: 30/08/2021 14:08
- Alterado: 30/08/2021 14:08
- Autor: Redação
- Fonte: Fundação das Artes de São Caetano do Sul
Evento no último sábado (28) contou com a presença do ator Marcos Frota
Crédito:Letícia Teixeira/PMSCS
Com a presença do ator e ex-professor da instituição, Marcos Frota, e do prefeito Tite Campanella, a Fundação das Artes de São Caetano do Sul reabriu suas portas à comunidade no último sábado (28), entregando uma estrutura revitalizada com moderno sistema acústico, obras de acessibilidade e segurança. As aulas presenciais estão sendo retomadas de forma gradual e com todos os cuidados necessários.
Marcos Frota revelou a emoção de retornar à Fundação, onde iniciou suas atividades. “Comecei a chorar quando entrei na Avenida Goiás. Pela Fundação das Artes, passa tudo o que aprendi, desenvolvi e amadureci. Aqui tive a oportunidade de olhar para mim mesmo, experimentei o que é o ofício do ator. A Fundação permite a pesquisa, o aprendizado, é o local onde o artista pode se arriscar”, relembrou o ator, que foi professor de Artes Visuais na instituição de 1979 a 1983, até sua saída para estrear a novela Vereda Tropical, da TV Globo.
Durante o tempo em que deu aulas, o ator afirma que aprendeu muito do que hoje aplica. “Na função de professor, você assume outra responsabilidade, precisa ser referência, estudar, pesquisar. E hoje, eu dirijo um programa de educação chamado Universidade do Circo, com 1.500 alunos. É a união da arte e da educação, de tudo o que vivi aqui. Quantas vezes fiquei na Fundação vendo concertos, exposições de artes plásticas, saraus de poesia, peças de teatro infantil”, conta Marcos Frota, que foi homenageado por ser incentivador da instituição.
Ator de teatro, filmes e novelas, ele atualmente se dedica ao papel de arte-educador. “Entendi que o artista precisa devolver à sociedade o que recebeu e o circo me deu essa oportunidade. E esse tipo de reflexão eu fazia aqui no camarim da Fundação, há 40 anos. Nesses anos, mais de 50 mil crianças passaram pela Fundação das Artes e, com certeza, são melhores artistas, mas também advogados, médicos, políticos e gestores”, finalizou.
O prefeito Tite Campanella reforça o papel da Fundação na formação dos cidadãos. “Esse conceito que São Caetano do Sul tem sobre a formação integral do cidadão é algo que precisa continuar norteando nossas ações. Não é fácil fazer cultura no Brasil, mas a gente contribui com um equipamento inigualável, que nenhuma outra cidade tem no País, que é a Fundação das Artes. Não apenas para formar artistas, mas para serem melhores homens e mulheres”, afirmou o prefeito, que foi aluno de flauta na instituição, aos oito anos.
Revitalização
A diretora da instituição, Ana Paula Demambro, afirmou que a revitalização deu origem a uma nova Fundação das Artes, que é acústica, bem equipada, acessível e inclusiva. “Em 2017, iniciamos esse ciclo gestor com foco total no desenvolvimento. O resultado é notável, com a entrega de estruturas renovadas que foram executadas durante a pandemia”, disse. As obras foram agrupadas em três categorias: acessibilidade, acústica e segurança.
Para tornar a Fundação acessível, foram instaladas rampas, elevador, plataformas e sanitários adaptados nos andares, camarins e teatro para as pessoas com deficiência. As melhorias complementam o trabalho já realizado na instituição desde 2007 por meio do Programa de Apoio Pedagógico à Inclusão (PAPI), que tem como objetivo garantir o aprendizado das linguagens artísticas para todos.
Com projeto técnico arrojado e materiais de alta performance, as salas de aula, corredores, salão e o Teatro Timochenco Wehbi ganharam condições acústicas elevadas para as práticas artísticas, com moderno equipamento de áudio e sistema semelhante ao utilizado nos estúdios da Rede Globo. Além disso, foi feito o restauro artístico da fachada, impermeabilização das lajes e coberturas, pintura interna e externa, letreiro, iluminação e fechamento em vidro.
No quesito segurança, foram realizadas a instalação de sistema de combate a incêndio, de iluminação de emergência e rota de evacuação e saída de emergência, para obter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), inédito para a instituição.
Além do isolamento acústico, o Teatro Timochenco Wehbi recebeu também a troca de piso do palco, revisão dos racks e mesas de iluminação e três plataformas pantográficas, para garantir a qualidade dos espetáculos e da experiência dos espectadores. Já nas salas de dança, houve a troca dos pisos flutuantes e instalação de novas barras e piso de linóleo.
A unidade também passou a contar com o Setor de Tecnologia da Informação e ampliou seu parque informático. As medidas garantirão mais segurança no armazenamento das informações e registros da produção artística, aumento na capacidade de documentação e agilidade no acesso ao histórico dos alunos.
Homenagens
Durante o evento, foram realizadas homenagens à professora Célia Luca, que iniciou suas atividades na Fundação em 1973 até se aposentar. A homenagem foi entregue pela aluna de Teatro, Vitória Aparecida Silva Bioni.
Em reconhecimento às atividades desempenhadas pelo PAPI, as professoras Lisbeth Soares e Cássia Bernardino, que integram a equipe pedagógica do Programa, receberam homenagens entregues pelos alunos Ethan Akira Ito e Vitoriano Amorim Binder Garcia, respectivamente.
Apresentações
Na ocasião, o aluno de piano clássico, Lucas Mameniskis, se apresentou, emocionando a todos os presentes. No saguão da Fundação, o artista visual Elton Hipólito, ex-aluno de Artes Visuais da Fundação das Artes realizou os primeiros traços de uma pintura mural, representando todas as linguagens da arte (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro).
Também foi realizada a performance do grupo de Dança Livre, formado pelas bailarinas Letícia Rolim, Bianca Deberaldini e Julya Goes, que executou a coreografia “Saudade”, da professora Morisa Garbelotto; e do Grupo Institucional, sob orientação da professora Fátima Silva e formado pelas bailarinas Rachel Nicolau, Malu Rolim, Bianca Deberaldini, Samantha Dassie, Julya Goes, Daniele Akemi, Isabella Souza e Isabelle Buri, com a coreografia “Sonhos”, de Beatriz Lima e Rachel Nicolau.
História
Fundada em 1968, a Fundação das Artes de São Caetano do Sul é sinônimo de ensino de excelência nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Ao longo das décadas, revelou grandes talentos da cultura nacional, como Cássia Kiss, Fábio Assunção, Antônio Petrin, Eugênio Kusnet, Ulysses Cruz, Walter Lourenção, Nelson Ayres, Roberto Sion, entre outros.