Moradores querem Diadema com menos circulação de carros
A maior dificuldade dos pedestres é o estado das calçadas, que são estreitas, irregulares e com muitas barreiras
- Data: 24/07/2021 13:07
- Alterado: 24/07/2021 13:07
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de Diadema
Crédito:Divulgação
As propostas dos moradores de Diadema ao Plano de Mobilidade Urbana apontam para uma cidade diferente, que seja mais humana – com foco nas pessoas – e que tenha mais áreas de locomoção a pé e de bicicleta, mais calçadões, áreas de lazer e centros de compras sem carros.
Essa cidade vai ter ciclofaixas seguras nas principais vias e espaços que garantam uma caminhada acessível, sem barreiras nas calçadas e com faixas de pedestres, guias rebaixadas e boa iluminação. E o transporte coletivo será ágil, seguro, confortável e com tarifa social.
A “nova” cidade é o resultado de pesquisa de campo com 654 pessoas, realizada em junho em todas as regiões de Diadema. Foram ouvidas mais mulheres (55%) que homens, a maior parte (58%) com idade entre 20 e 45 anos, e 32% acima de 45 anos. A maioria (61%) usa transporte coletivo e 21% se desloca de carro.
O resultado é ainda mais significativo considerando que cerca de 40% dos deslocamentos são feitos a pé em Diadema, percentual bem acima da média dos municípios metropolitanos.
Dos entrevistados, um terço anda diariamente, seja em atividade física ou para ir ao trabalho, à escola ou às compras. Com a pandemia, a esse grupo foram incorporados os desempregados e aqueles que preferem economizar o dinheiro da tarifa. Tem ainda aqueles que se deslocam a pé em razão da demora dos ônibus.
A maior dificuldade dos pedestres é o estado das calçadas, que são estreitas, irregulares e com muitas barreiras. Quem se desloca a pé quer mais condições de mobilidade, sem a necessidade de disputar espaços com os carros. E ruas e avenidas com mais sinalização viária horizontal, principalmente faixas de pedestres, e mais guias rebaixadas para as pessoas com mobilidade reduzida.
Diadema não tem um relevo plano, mas, mesmo assim, o deslocamento por bicicleta é uma alternativa para a maioria (53%) dos entrevistados desde que existam ciclovias seguras, bem sinalizadas e com piso acessível.
A considerar a opinião dos entrevistados, o transporte coletivo sofreria grande reformulação para oferecer um serviço mais rápido – com corredores exclusivos – e um número maior de ônibus com horários regulares para reduzir o intervalo de espera. O aumento na qualidade e na eficiência do serviço, mais uma tarifa em conta e o fim da catraca nos terminais, fariam aumentar o número de usuários.
Para José Evaldo, secretário de Transportes, a consulta popular confirmou o diagnóstico feito pela equipe técnica da necessidade de privilegiar no Plano a mobilidade a pé e de bicicleta. “Diadema estava na contramão das políticas de sustentabilidade e de valoração das pessoas ao desenvolver políticas de estímulo ao uso do transporte por carro. Estamos corrigindo essa rota”, comentou.