Engajamento de jovens na política pode mudar rumos da história

Jovens se veem impotentes diante da política, revela pesquisa

  • Data: 20/05/2021 13:05
  • Alterado: 20/05/2021 13:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Colégio Positivo
Engajamento de jovens na política pode mudar rumos da história

Crédito:Reprodução

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Nas últimas eleições, a quantidade de eleitores de 16 e 17 anos que compareceram às urnas foi a menor em 30 anos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, menos de 5% dos jovens dessa idade votaram nas eleições de 2020 – uma queda de mais de 50% se comparado a 2016. Essa falta de interesse dos adolescentes pela política foi tema de um estudo científico da estudante Ariane Minetto Araújo, do nono ano do Colégio Positivo – Internacional, de Curitiba, apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) da Universidade de São Paulo (USP) – maior evento nacional do setor, que revela jovens cientistas desde 2003.

A pesquisa, realizada com 344 pessoas, mostra que há um padrão de desinformação ou carência de opinião formada, demonstrando uma importante lacuna no processo de politização. O estudo revelou que muitos jovens acreditam que são impotentes, que sua participação, principalmente o voto, não tem influência alguma na realidade sociopolítica de um país, portanto, acabam se distanciando da política. “Muitos também acreditam que as regras/leis que foram feitas para conduzir e limitar as ações políticas foram e são tão manipuladas e ignoradas que eles não acreditam que haja uma forma de acabar com essas infrações”, destaca Ariane. O problema, segundo o estudo, é que essa aversão ou descaso resultam em ausência no cenário político, de modo que a indiferença ou a neutralidade acabam por legitimar todas as decisões tomadas no cenário político.

Ainda de acordo com a análise, o resultado, e causa desse desinteresse dos jovens pela política, é a ignorância. “Se falarmos, por exemplo, da Reforma da Previdência aprovada recentemente no Congresso Nacional, quantos jovens sabem que essa reforma irá, principalmente, afetar a eles próprios? Quantos têm um conhecimento básico sobre esse tema, que é de grande importância para suas vidas profissionais e o seu futuro?”, questiona a pesquisadora. “Essa ignorância resulta em decisões que não tiveram a participação daqueles que serão efetivamente afetados. Tanto que essa reforma foi decidida e aprovada num Congresso em que 1% dos parlamentares são jovens, portanto, quantos jovens estavam lá, decidindo o futuro deles mesmos? Essa ignorância permite que nós sejamos regidos por leis e decisões que não foram formadas, nem tomadas, com a nossa participação”, alerta a estudante.

Para o assessor de História do Colégio Positivo e especialista em História do Brasil, André Marcos Silva, a juventude não se interessa pela política em virtude de não perceber mudanças rápidas e tangíveis. “É tudo muito demorado e burocrático e sabemos que os jovens dessa geração querem tudo rápido, com agilidade, porque tudo acontece instantaneamente para eles”, constata.

De acordo com o professor, a escola e os pais são agentes indispensáveis para o interesse dos jovens pela política. “Precisamos fornecer ferramentas para que eles possam olhar, criticar e analisar partidos, pessoas e ideias. É aí que vemos a importância de disciplinas como História, Filosofia e Sociologia. Os pais possuem um papel essencial nisso, incentivando essas crianças e adolescentes a lerem. Quanto mais leitura e informação tiverem, melhor. Clássicos como Rousseau, Maquiavel, Hobbes dão condições de pensar em nossa sociedade”, sugere.

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  • Data: 20/05/2021 01:05
  • Alterado:20/05/2021 13:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Colégio Positivo









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