Átila Jacomussi é alvo de operação por irregularidades novamente
Policiais civis e promotores públicos do Gaeco cumpriram nessa manhã mandados de busca e apreensão na casa de Jacomussi e na sede da Prefeitura
- Data: 15/06/2020 09:06
- Alterado: 15/06/2020 09:06
- Autor: Alex Faria
- Fonte: ABCdoABC
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A suspeita está em irregularidades na contratação emergencial da OS Atlantic – Transparência e Apoio à Saúde Pública para a gestão e operação do hospital de campanha construído na cidade para atender os pacientes com Covid-19pelo valor de R$ 3,3 milhões pelo prazo de 90 dias. O secretário de Saúde de Mauá, Luís Carlos Casarin, também é alvo da operação.
Policiais da Polícia Civil, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e integrantes do Ministério Público estiveram na manhã desta segunda-feira (15/6) na casa de Jacomussi onde apreenderam dois celulares, um iPad, um notebook e alguns documentos e na sede da Prefeitura de Mauá para cumprir mandado de apreensão.
Átila já chegou a ser afastado da prefeitura do município, após ser cassado pela Câmara municipal, mas retornou ao cargo após liminar dada em setembro de 2019. Em maio do mesmo ano, ele foi foi detido no âmbito da Operação Prato Feito, da Polícia Federal, que apura desvio de verbas públicas em contratos firmados com o município para fornecimento de merenda escolar.
Na operação realizada nesta manhã, os policiais e promotores também estiveram na casa e no gabinete do secretário Luis Carlos Casarin, no setor de licitações do município de Mauá, e em endereços ligados à organização social Atlantic e à empresa Ocean Serviços Médicos.
Realizadas em São Paulo, Barueri, Jundiaí e Mauá, as ordens de busca foram expedidas pelo desembargador Marcelo Gordo, da 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, os investigadores encontraram indícios de ilegalidades na contratação emergencial pelo município de Mauá da organização social Atlantic para a gestão e operacionalização do hospital de campanha construído na cidade por conta da pandemia do novo coronavírus. O valor da contratação é de R$ 3,3 milhões, para o prazo de 90 dias.
COM A PALAVRA, ÁTILA JACOMUSSI
O advogado Daniel Bialski, que defende o prefeito de Mauá, Átila Jacomussi, esclareceu que essa medida, pelas primeiras informações que recebeu, teria como base uma denúncia anônima e “Infelizmente, o prefeito vem sendo perseguido e nada obstante a lisura com que atua à frente da prefeitura, em especial nessa época, procede-se uma verdadeira caça às bruxas, mesmo sem investigação prévia ou algo palpável para legitimar essa ação. Todas as contratações observaram critérios técnicos e preço, tanto que o hospital de Mauá é uma referência no Brasil, atendendo 24 horas por dia. O prefeito informou que o preço por leito é um dos menores, senão o menor construído e a cidade teve número reduzido de óbitos. As compras e atos estão no portal da transparência e o prefeito prestou esclarecimentos e enviou todos documentos sempre que lhe foi solicitado. A empresa que acabou contratada prestou o serviço com excelência e não há qualquer indício de irregularidade ou ilicitude. A defesa irá pedir vista dos autos e estudar as medidas que serão tomadas para elidir essa busca, que considera desnecessária e até excessiva”, afirmou.