Oração e proteção de pastas-escudo
Presidente Jair Bolsonaro reforça segurança ao participar da Marcha para Jesus em Brasília. Presidente ressaltou a liberdade de credo no país
- Data: 11/08/2019 12:08
- Alterado: 11/08/2019 12:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo / Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro, participa da Marcha para Jesus e pela Família em Brasília.
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A participação do presidente Jair Bolsonaro na Marcha para Jesus, neste sábado, 10, em Brasília, evidenciou a preocupação cada vez maior com sua segurança. Além do colete à prova de balas por baixo da camisa azul, artefato que passou a usar recentemente com mais frequência após ser aconselhado por assessores, Bolsonaro apareceu para os cerca de 15 mil presentes cercado por guarda-costas portando pastas-escudo – resistente a disparos de armas curtas, que se desdobra e forma uma barreira contra tiros.
A preocupação ostensiva com a segurança chamou a atenção. Bolsonaro estava em um evento com a parcela considerada mais fiel de seu eleitorado. Questionado sobre o motivo do aparato reforçado, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disse que não se manifesta sobre protocolos relacionados ao presidente, vice e seus familiares”.
CAPETA
Em cima do trio elétrico, Bolsonaro foi Bolsonaro. Defendeu as “maiorias” e o conceito de família tradicional, formada por “homem e mulher”, celebrou o fim da obrigatoriedade de publicação de balanços nos jornais impressos, afirmou que vai “respeitar a inocência das crianças nas salas de aula”, e disse que não existe “essa conversinha de ideologia de gênero”. “Isso é coisa do capeta.”
E citou o Evangelho de Lucas, capítulo 12, versículo 2: “Nada há encoberto que não venha a ser revelado, e oculto que não venha a ser conhecido”, disse o presidente, ao falar sobre a verdade, “tão ausente no nosso meio político”.
Após o evento, em meio a um questionamento sobre a privatização dos Correios, Bolsonaro interrompeu o presidente da estatal, Floriano Peixoto, e cobrou dos jornalistas perguntas sobre Adélio Bispo de Oliveira, o homem que o esfaqueou no ano passado durante a campanha eleitoral. “Estou esperando uma pergunta sobre o Adélio, que tentou me matar”, disse.
LIBERDADE DE CREDO
Em discurso, o presidente tratou de temas como a família e valores cristãos. “Temos um presidente que, além da família e da questão da educação, tem amor ao próximo. Não discriminamos ninguém, não temos preconceito. E deixo bem claro: as leis existem para proteger as maiorias. É única maneira para vivermos em harmonia”, avaliou.
Bolsonaro ressaltou a liberdade de credo, mas disse que a fé cristã prevalece no Brasil. “Respeitamos todas as religiões e até quem não tem religião, mas a grande maioria do povo brasileiro é cristão”, descreveu.