Black Alien faz shows de lançamento de seu novo e inspirado álbum em SP

"Abaixo de Zero: Hello Hell" já pode ser considerado um dos melhores discos do ano

  • Data: 05/06/2019 13:06
  • Alterado: 05/06/2019 13:06
  • Autor: Rodilei Morais
  • Fonte: Agência ISO/ABCdoABC
Black Alien faz shows de lançamento de seu novo e inspirado álbum em SP

Black Alien

Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC

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O rapper Black Alien apresentou em São Paulo neste último final de semana seu novo álbum, “Abaixo de Zero: Hello Hell”. Os shows aconteceram sábado e domingo (01 e 02) no teatro do Sesc Ipiranga.

Um fã com uma placa escrita “Compro Ingresso” já indicava que as entradas para os shows rapper de Niterói haviam se esgotado rapidamente. Precedidos apenas por uma apresentação na Virada Cultural, as performances deste final de semana marcaram o lançamento do terceiro álbum solo de Gustavo Ribeiro, um dos mais experientes rappers em atividade no Brasil.

Ainda que o hiato de quatro anos tenha sido menor que os onze entre “Babylon by Gus Vol. I” e o “Vol. II”, o novo trabalho de Gustavo era muito aguardado pelos fãs. E o Mister Niterói não decepcionou, trazendo um álbum introspectivo, onde trata, entre outros temas, da superação de seu vício em álcool e drogas.

Com seu característico flow e a mistura de português e inglês nos versos, “Hello Hell” é tocado na íntegra no show, exceto pela faixa “Capítulo Zero”. Gustavo sobe ao palco acompanhado do DJ Castro e a dupla apresenta o novo repertório dividido em três blocos, intercalados com clássicos da carreira de Black Alien. Entre eles, “Umaextrapunkumextrafunk”, “Perícia na Delícia” e “Como Eu Te Quero”, nos quais Gustavo pediu para o público acompanhá-lo nos refrões. Mas nem era preciso: o público já vinha o fazendo em todas as músicas, inclusive nas novas. “Vocês estão afinados demais!”, elogiou o músico.

Cheio de referências em suas letras, Gustavo homenageia em “Carta pra Amy” a cantora britânica Amy Winehouse, que não teve a mesma sorte que ele contra os vícios. Outro citado é John Coltrane em “Take Ten”. Um dos maiores saxofonistas da história, mas que chegou a ser expulso do quinteto de Miles Davis por decorrências de seu consumo de opiáceos. Bem como Gustavo, Coltrane eventualmente se livrou do vício, antes de compôr sua obra máxima, “A Love Supreme”. Além das letras, o jazz está presente também no instrumental do álbum, no belo solo de sax em “Aniversário de Sobriedade”.

“Abaixo de Zero: Hello Hell” já é um dos melhores álbuns do ano e merece ser conferido ao vivo. Se em algum o momento o rapper perdeu a caneta e o papel com que erradicava o pus e irradiava luz, nos versos de “Babylon by Gus”, Black Alien prova que voltou mais inspirado que nunca.

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  • Data: 05/06/2019 01:06
  • Alterado:05/06/2019 13:06
  • Autor: Rodilei Morais
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