Itaú Cultural apresenta a peça A Hora e Vez
Itaú Cultural apresenta espetáculo inspirado em conto de Guimarães Rosa, com direção de Antônio Januzelli
- Data: 28/05/2019 10:05
- Alterado: 28/05/2019 10:05
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
A Hora e Vez
Crédito:Bob Sousa
O Itaú Cultural apresenta nos dias 1 e 2 de junho (sábado e domingo) a peça A Hora e Vez, montagem da Cia. do Sopro dirigida por Antônio Januzelli, o Janô, que até o final do mês conduz a programação teatro do instituto. O espetáculo parte do conto A Hora e Vez de Augusto Matraga, de João Guimarães Rosa. O ator Rui Ricardo Diaz, que também atua na peça, assina a adaptação desta narrativa sobre um homem dado como morto e que tem uma reviravolta na vida.
Na trama, Nhô Augusto é dado como morto depois de cair em uma emboscada liderada por Major Consilva. A vítima, no entanto, é socorrida por um casal e acaba sobrevivendo ao atentado. Recuperado, ele decide viver longe da cidade de Murici e vai para o povoado do Tombador, onde passa a se dedicar integralmente ao trabalho, à penitência e à oração. Depois de anos de reclusão, ele deixa o local e acaba chegando em Arraial do Rala-Coco. Lá, ele reencontra Seu Joãozinho Bem-Bem, um amigo e poderoso cangaceiro e que será decisivo para o desfecho da história.
Repertório
A programação cênica com a proposta de dar luz ao trabalho de Janô, foi iniciada em maio com a apresentação de Galo Índio e dos processos de criação Vagaluz e de Lelia Abramo – uma Atriz. Segue ao longo de junho, com mais dois espetáculos: Sob o Céu de Rubem Braga, solo do ator Bruno Cavalcanti feito a partir do lirismo, simplicidade e potencial narrativo das crônicas do escritor capixaba, e O Porco, espetáculo indicado ao prêmio Shell de Melhor Ator, no qual o animal relembra momentos de sua existência enquanto espera a hora de ser abatido.
No dia 19, Janô participa, ainda, do Camarim em Cena, ação na qual artistas compartilham com o público seus rituais quando se preparam para subir ao palco. A mediação é da crítica teatral Beth Néspoli, do site Teatro jornal.
Sobre Janô
Antônio Januzelli é diretor, ator, professor e pesquisador das práticas do ator. Professor do departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP) desde 1977 e professor da Escola de Arte Dramática (EAD) entre 1977 e 2002, participou da formação de grande parte de profissionais das artes cênicas em São Paulo. É ainda autor do livro A Aprendizagem do Ator, publicado pela editora Ática.
Janô também integra o núcleo criador da Cia Simples de Teatro, onde assina a direção de Se Eu Fosse Eu. Ele dirigiu os monólogos A Hora e Vez e O Porco – este último, indicado ao prêmio Shell de Melhor Ator em 2005. Foi membro do conselho editorial da Revista da ECA, membro do conselho editorial da revista do LUME-Unicamp e representante do Departamento de Artes Cênicas na AIEST (Asociación Ibero Americana de Escuelas Superiores de Teatro). É bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCAMP) e formado em Artes Cênicas pela ECA-USP e pela Escola de Arte Dramática – EAD/ECA/USP, com mestrado e doutorado pela ECA-USP.
Sobre o ator
Rui Ricardo Diaz estudou no Teatro da Universidade Católica da PUC (TUCA), na Faculdade Belas Artes de São Paulo e na International School of Corporeal Mime, em Londres. No teatro, destaque para as atuações em A Hora e Vez, da Cia. do Sopro com direção de Antonio Januzelli, e O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams. Na TV, trabalhou nas novelas O Tempo não Para e Lado a Lado, da Rede Globo, e em várias séries de canais abertos e fechados, a exemplo de Impuros, da FOX Premium. No cinema, além do recente Blitz, com direção de Renê Brasil, atuou em Lula, o Filho do Brasil, indicado pela ACIE como melhor ator por interpretar o ex-presidente, Aos Ventos Que Virão, de Hermano Penna, Rondon, o Desbravador, de Marcelo Santiago, A Floresta Que Se Move, de Vinicius Coimbra, e De Menor, de Caru Alves de Souza (melhor filme no Festival do Rio de Janeiro/2013).
Sobre a companhia
Cia. do Sopro foi criada a partir do Laboratório Dramático do Ator, de Antonio Januzelli, junto com o solo A Hora e Vez. A companhia surgiu como meio de possibilitar a verticalização do trabalho do intérprete. O espetáculo A Hora e Vez estreou em 2014 e foi contemplado na 1ª edição do Prêmio Zé Renato. Em 2016 estreou seu segundo trabalho, Como Todos os Atos Humanos, espetáculo com atuação de Fani Feldman, direção de Rui Ricardo Diaz e preparação de Antonio Januzelli.
FICHA TÉCNICA
Adaptação e atuação: Rui Ricardo Diaz
Direção e Figurino: Antonio Januzelli
Assistência: Fani Feldman
Iluminação: Osvaldo Gazotti
Pesquisa de Vocábulo Regional: Joaquim Dias da Silva
Estudo de Teatro Físico: Luis Louis
Arte Gráfica: Ideografia Soluções Gráficas
Produção: Fani Feldman/ QUINCAS
Idealização: Cia. do Sopro
SERVIÇO
Especial Antônio Januzelli
Espetáculo: A Hora e Vez
Dia 1 de junho (sábado), às 21h
Dia 2 de junho (domingo), às 20h
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: 16 anos
Sala Multiúso (Piso 2)
Capacidade: 70 lugares
Interpretação em Libras
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 1 hora antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)
Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô