Montagem baiana ‘Rio sem Margem’ utiliza símbolos da ancestralidade africana
Projeto integra Festival Funarte Acessibilidança e unifica dança, vídeo, cenografia e interpretação em Libras
- Data: 16/08/2021 16:08
- Alterado: 16/08/2021 16:08
- Autor: Redação
- Fonte: Funarte
Montagem baiana ‘Rio sem Margem’ utiliza símbolos da ancestralidade africana
Crédito:Anderson Soares / Divulgação
O espetáculo Rio sem Margem, do coreógrafo e bailarino Elísio Pitta, da Bahia, estreia no Festival Funarte Acessibilidança na próxima quarta-feira, 18 de agosto, às 20h. A montagem utiliza elementos da dança moderna, do teatro, da dança dos orixás, da capoeira e outros símbolos da ancestralidade africana. A obra é um dos 25 projetos contemplados pelo Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020, que serão apresentados até outubro. A exibição em vídeo, gratuita e com audiodescrição e Libras, será realizada no canal da Funarte no YouTube. Todos os espetáculos já lançados ficam disponíveis em: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca.
Rio sem Margem unifica dança, vídeo, projeção, cenário e interpretação corporal em Libras. O espetáculo foi elaborado, montado e encenado de forma remota. Segundo Elísio Pitta, cumprir o cronograma de ações foi um desafio e, ao mesmo tempo, uma fonte de descobertas. “Estudamos e construímos juntos sob uma narrativa virtual e de muita observação. Tivemos que aprender a respirar, a se adaptar, a testar novas formas de trabalho e a entender as limitações do outro”. E reforça: “Participar do Festival Acessibilidança é um dos pontos altos na nossa trajetória neste ano de 2021. Foi como um oásis em meio a este deserto de oportunidades que se instaurou em nossas vidas, como artistas e criadores da dança”.
De acordo com Elísio Pitta, a obra coreográfica pretende refletir sobre o momento atual e a vida diante da pandemia. “Há uma lenda africana que fala sobre um rio que tinha pavor de desembocar no mar, por medo de desaparecer. Esse medo o fez olhar para o passado e ver como foi a sua trajetória: as intermináveis curvas que fez, os morros que atravessou, os povoados que saciaram sua sede nele, os dias de verão em que muitos se divertiram no seu leito e tantas coisas que iriam se perder. Porém, ao chegar ao seu destino, descobre que era impossível retornar, já que ninguém pode retornar na existência. O rio entrou no mar seguindo o seu curso e, naquele momento, descobriu que não se tratava de desaparecer e, sim, de se tornar oceano.”
Nesta terceira etapa, o Festival Funarte Acessibilidança apresenta sete espetáculos da Região Nordeste. Estado de Apneia, do Rio Grande do Norte; Ensaio sobre o Silêncio, de Pernambuco; e Maré – Versão virtual e acessível, também do Rio do Grande do Norte, já estão na plataforma de vídeos. A agenda continua no dia 25 de agosto, com Plenitude, do Piauí. Em setembro, entram em cartaz: Ah, se eu fosse Marilyn!, da Bahia, no dia 1º; e Proibindo Elefantes, do Rio Grande do Norte, no dia 8. O festival teve início em junho, com grupos da Região Norte. No mês de julho, foi a vez da Região Sul mostrar os seus talentos.
Festival Funarte Acessibilidança
Acesso gratuito, no canal: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca
Com audiodescrição e Libras
Espetáculo Rio sem Margem, do coreógrafo e bailarino Elísio Pitta (Bahia)
Dia 18 de agosto, quarta-feira, às 20h
Ficha técnica:
Intérprete-criador: Elísio Pitta | Encenador: Gatto Larsen | Direção de arte (cenários e figurinos): Alberto Pitta | Produção executiva: Aline Cléa / Produção de vídeo: Nina Novaes | Vídeos e imagens: Anderson Soares | Direção musical: Ivaldino Junior | Percussão: Eden Gordo, Alex Jaga e Ivaldino Junior | Som direto: Carlos Alberto Zangado / Edição e finalização: Lucas Ferraz | Acessibilidade e audiodescrição: Sandra Rosa | Intérprete de Libras: Irzyane Cazumba | Consultora: Sandra Vicente | Local de gravação: Instituto Oyá – Sala Cênica da Mata, Salvador (BA).
Agenda dos contemplados da Região Nordeste
Dia 25 de agosto, quarta-feira, às 20h
Espetáculo Plenitude, da Cia. de Dança Eficiente (Piauí)
Dia 1º de setembro, quarta-feira, às 20h
Montagem Ah, se eu fosse Marilyn!, do diretor, coreógrafo e dançarino Edu O. (Bahia)
Dia 8 de setembro, quarta-feira, às 20h
Espetáculo Proibido Elefantes, da Companhia Giradança (Rio Grande do Norte)
Agenda dos contemplados das demais regiões
Região Centro-Oeste – Dia 15 de setembro
Região Sudeste – Dia 13 de outubro
Região Norte (espetáculos já disponíveis): Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)
Região Sul (espetáculos já disponíveis): Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)
Região Nordeste (espetáculos já disponíveis): Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE), e Maré – Versão virtual e acessível (RN)
Os vídeos ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube após a exibição