Aécio Neves deve assumir Comissão de Relações Exteriores da Câmara

Após uma disputa com o PSL, o PSDB assegurou a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, até então comandada por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

  • Data: 09/03/2021 20:03
  • Alterado: 09/03/2021 20:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Aécio Neves deve assumir Comissão de Relações Exteriores da Câmara

Uma eleição virtual a ser realizada nesta quarta-feira

Crédito:Divulgação

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O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) candidato derrotado à presidência da República, é o indicado dos tucanos para comandar o colegiado. Uma eleição virtual a ser realizada nesta quarta-feira, 10, deverá confirmar a decisão.

Segundo o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo Castro (MG), o nome de Aécio foi avalizado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelos ex-chanceleres José Serra, hoje senador, e Aloysio Nunes Ferreira.

A Comissão de Relações Exteriores é responsável por analisar a maioria dos tratados internacionais firmados pelo País e por aprovar projetos relacionados ao assunto. Foi na gestão do filho “03” do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, que o colegiado deu aval à utilização comercial da base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão.

A Comissão de Relações Exteriores sempre foi especialmente importante para o PSDB e a experiência do deputado Aécio será fundamental para que o colegiado traga contribuições relevantes às relações entre o Brasil e outras Nações, com foco no interesse nacional, e à busca da preservação da reputação do nosso País lá fora“, disse Castro.

A comissão era disputada também pelo PT, que queria o comando do colegiado para contestar medidas adotadas pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ligado à ala ideológica do governo. O partido, porém, não teve chance nas negociações. “Seria muito importante assumirmos, em razão do descaso do governo com a imagem do Brasil, mas não conseguimos”, disse o líder do PT, Bohn Gass (RS).

Rival do PT na disputa pela Presidência, em 2014, Aécio disputou o cargo com o descendente da família real, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), que tentava manter o legado de Eduardo Bolsonaro. Em 2019, Eduardo atuou como “eco” do chefe do Itamaraty no Congresso. Os dois fizeram coro em críticas à China e a favor do alinhamento aos Estados Unidos.

No arranjo do comando das 25 comissões permanentes da Câmara, o PSL ficou com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a ser comandada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF), com a de Agricultura que irá para Aline Sleutjes (PSL-PR), e surpreendeu ao ganhar a de Meio Ambiente para a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

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