Governo tem 44,5% de avaliações negativas e 28,6% de positivas, aponta pesquisa
Avaliações regulares do governo Jair Bolsonaro tem aumento de 1,5 ponto percentual
- Data: 06/08/2021 16:08
- Alterado: 06/08/2021 16:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Isac Nóbrega / PR
Apesar do acirramento das relações entre Executivo e Judiciário nesta semana, a avaliação do governo Jair Bolsonaro apresentou um aumento das avaliações regulares em contraste com a diminuição das avaliações positivas ou negativas, mostra levantamento do banco Modalmais e consultoria AP Exata. Nesta sexta-feira (6), 44,5% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo (1 ponto porcentual a menos que na última semana), 28,6% como bom ou ótimo (0,6 p.p. a menos) e 26,8% como regular (1,5 p.p. a mais).
Segundo o relatório, a redução da avaliação negativa é resultado de “ampla e sistemática atuação da militância bolsonarista” em favor da defesa do presidente e da adoção do voto impresso para as próximas eleições. O apoio foi deflagrado pelo agravamento da crise institucional que tem como destaque a declaração do presidente sugerindo que poderia atuar fora das “linhas da Constituição” após ser incluído como investigado no inquérito que apura a disseminação de notícias fraudulentas. Em resposta, o Judiciário, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, avisou que não tolerará ameaças à democracia.
De acordo com o levantamento, esta semana inaugurou nova fase do governo, em que o presidente vive uma tendência de queda da aprovação e tenta se manter no poder agarrado ao Centrão, “grupo político fisiológico que carrega na manga a carta do impeachment que pode ser lançada caso Bolsonaro se recuse a obedecer às regras”.
Em economia, internautas seguem reclamando do aumento de preços dos alimentos e derivados do petróleo, como combustíveis e gás de cozinha. Para as redes sociais, são necessárias medidas do governo para atender os mais vulneráveis.
Outro ponto é o anúncio do ministro Paulo Guedes sobre Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para parcelar o pagamento de precatórios, que causou desconfiança nas redes sociais. Entre os pontos de preocupação está a reserva de parte do lucro das privatizações para investimento em programas sociais fora do teto de gastos, sinal de que o ministro teria cedido a impulsos populistas e eleitorais do presidente.