Bolsonaro: vou à ONU nem que seja de cadeira de rodas; quero falar sobre Amazônia
Bolsonaro afirmou que a cirurgia que fará no próximo final de semana não o impedirá de discursar na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 24 de setembro, em Nova York
- Data: 02/09/2019 14:09
- Alterado: 02/09/2019 14:09
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Isac Nóbrega/PR
Se for preciso, Bolsonaro disse que irá até “de cadeira de rodas ou de maca”, porque quer falar sobre a Amazônia ao restante do mundo. Tradicionalmente, o Brasil abre o evento. Esta será a primeira participação de Bolsonaro como presidente da República.
“Eu vou comparecer à ONU, nem que seja de cadeira de rodas, de maca. Eu vou comparecer porque eu quero falar sobre a Amazônia. Mostrar para o mundo com bastante conhecimento, com patriotismo, falar sobre essa área ignorada por tantos governos que me antecederam”, disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda-feira, 2.
A cirurgia do presidente está programada para o próximo domingo, dia 8 de setembro. Nesta segunda, Bolsonaro confirmou que a ideia é que ele compareça à cerimônia de comemoração do 7 de setembro, em Brasília, e, ao fim do dia, siga para São Paulo, para se internar para a preparação da cirurgia. Segundo Bolsonaro, o motivo da “pressa” é porque ele deve estar Estados Unidos para a Assembleia Geral no dia 22 de setembro.
Bolsonaro considera que citar a Amazônia no discurso é uma chance que possui para falar ao mundo sobre o assunto. “Eu vou deixar essa oportunidade?”, questionou.
O presidente voltou a criticar uma suposta ingerência externa na Amazônia, que, na visão dele, tem sido vendida para outros países. “A Amazônia foi praticamente vendida para o mundo. Eu não vou aceitar esmola de país nenhum do mundo com o pretexto de preservar a Amazônia, sendo que na verdade ela está sendo loteada e vendida”, disse.
Sobre a cirurgia, ele avaliou que todo procedimento desse tipo “é um risco”, inclusive por envolver anestesia geral, mas que essa será a “menos invasiva” em relação às últimas três que realizou após a facada. “Essa é a que oferece menor risco, mas eu que estive do outro lado da morte vou passar por um momento igual novamente.”