‘É crime’, diz Santos Cruz sobre sargento preso na Espanha
O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da secretaria de governo Bolsonaro, afirmou hoje, 27, que o sargento preso na Espanha é traficante. "É um crime", disse
- Data: 27/06/2019 13:06
- Alterado: 27/06/2019 13:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Brasília - O secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz, durante reunião com secretários de Segurança Pública dos estados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Crédito:Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Santos Cruz ressaltou, no entanto, que a reputação da Força Aérea Brasileira (FAB), a qual o sargento é ligado, não está em risco após a prisão. O sargento foi preso na terça-feira em Sevilha transportando 39 quilos de cocaína. O avião fazia parte da comitiva de Bolsonaro ao Japão. O presidente voava em outra aeronave.
Rainha da Inglaterra
O general da reserva disse, ainda, que não vê o presidente Jair Bolsonaro como uma “rainha da Inglaterra”. Na semana passada, o chefe do Executivo insinuou que o Congresso o queria assim.
Bolsonaro criticou na ocasião o projeto de lei na Câmara que transfere a parlamentares o poder de indicar integrantes de agências reguladoras. Segundo ele, a medida vai transformá-lo em uma “Rainha da Inglaterra”, que reina, mas não governa.
“Não vejo ninguém querendo transformar o presidente em Rainha da Inglaterra”, disse Santos Cruz durante o 14º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). “O que ocorre é que não existe democracia sem jogo de pressões.”
Durante sua fala, Santos Cruz destacou que “é fundamental” a harmonia entre os Poderes e elogiou o trabalho do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “A presidência da Câmara é uma função importantíssima. Ele quem faz a pauta, ele é quem está tocando a Previdência”, disse.
O ex-ministro fez também uma crítica à influência das redes sociais no governo, chamando-a de “assembleísmo digital”. “Isso causa tumulto para a governabilidade”, disse.
O general da reserva evitou ainda criticar diretamente o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), tido como um dos administradores das redes sociais do presidente, e os demais filhos do presidente. Ao ser questionado se a influência familiar mais ajuda que atrapalha Bolsonaro, o ex-ministro simplesmente disse: “não vou falar”.