Bolsonaro diz que haverá encontro de líderes sul-americanos para discutir Amazônia
Líderes de países sul-americanos vão se reunir no dia 6 de setembro para discutir uma política única de preservação da Amazônia e de exploração sustentável da região
- Data: 28/08/2019 12:08
- Alterado: 28/08/2019 12:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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Crédito:Antonio Cruz/Agência Brasil
Ao lado do presidente do Chile, Sebástian Piñera, Bolsonaro anunciou hoje, 28, que haverá um encontro dos países amazônicos em Letícia, na Colômbia, para discutir uma “política única” sobre a preservação do meio ambiente e regras para exploração na região.
Bolsonaro não especificou quais países vão participar do encontro, mas deixou claro que a Venezuela ficará de fora.
Ele também voltou a criticar o presidente francês, Emmanuel Macron. “O que ele (Macron) fez no tocante ao Brasil, primeiro ao ofender presidente da República eleito democraticamente e depois relativizar nossa soberania, isso despertou sentimento patriótico do povo brasileiro e de outros países da América do Sul. No dia 6 de setembro estaremos reunidos com esses presidentes, exceto da Venezuela, para discutir uma política única nossa de preservação do meio ambiente e exploração de forma sustentável”, disse.
Bolsonaro afirma que “houve aproveitamento por parte do Macron para “se capitalizar perante o mundo como aquela pessoa única e exclusiva interessada em defender o meio ambiente”. “Essa bandeira não é dele, é nossa, é do Chile, é de muitos países do mundo”, declarou Bolsonaro após encontro com Piñera, no Alvorada.
O presidente chileno passou pelo Brasil rapidamente após participar como convidado da reunião do G-7, que ocorreu na França. Segundo Bolsonaro, Piñera levou a posição do Brasil aos países do G7 “com muita maestria e companheirismo”. Nesta quarta em reunião no Palácio da Alvorada, o Chile ofereceu quatro aeronaves para ajudar o Brasil no combate ao fogo na Amazônia. Bolsonaro aceitou.
Em conversa com jornalistas, Piñera destacou que muitos países querem colaborar com o Brasil. Sobre a quantia de US$ 20 milhões oferecida pelos países do G-7, ele considerou que “cada país saberá qual colaboração quer receber e qual não quer”.
Bolsonaro acusa a França e a Alemanha de estarem comprando o Brasil “à prestação”. Também disse que “essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda”. Confrontado com a informação de que Macron é visto na França como alguém de centro Bolsonaro respondeu: “para mim não”. A gente sabe que ele é de esquerda por causa do comportamento”.
O presidente brasileiro também afirmou que pretende aceitar apoio de alguns países de forma bilateral. “Falei que Alemanha e França estavam comprando à prestação o Brasil, deixei bem claro, e quando vocês olham o tamanho do Brasil, oitava economia do mundo, parece que 20 milhões de dólares é o nosso preço. o Brasil não tem preço… 20 milhões ou 20 trilhões é a mesma coisa para nós. Qualquer ajuda, de forma bilateral, podemos aceitar, até porque no futuro podemos ajudar outro país”, disse.
Questionado se mantém o posicionamento de que Macron teria que se retratar, Bolsonaro disse que sim. “No tocante ao governo francês, o fato de me chamar de mentiroso e relativizar a soberania da Amazônia, somente após ele se retratar do que falou podemos conversar.”