Hospital do Coração em São Paulo pega fogo
O incêndio atingiu o sistema de refrigeração da parte externa do hospital. Até o momento não há nenhuma informação sobre vítimas por conta do incidente
- Data: 28/06/2019 18:06
- Alterado: 28/06/2019 18:06
- Autor: Nicole Defillo
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução/Twitter
Um incêndio atingiu, na tarde desta sexta-feira, 28, a cobertura do prédio do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. As chamas foram controladas rapidamente, mas pacientes tiveram de ser transferidos para outra unidade. Acompanhantes também receberam orientação de deixar o edifício.
O fogo começou no fim da tarde no edifício localizado na Rua Desembargador Eliseu Guilherme, número 147, no Paraíso, zona sul da capital paulista. As chamas atingiram resfriadores de ar-condicionado na cobertura do prédio. Doze viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local do incêndio.
De acordo com o HCor, o fogo foi controlado pela brigada de incêndio do próprio hospital. No início da noite, o Corpo de Bombeiros informou que não houve vítimas. Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Danilo César, o local passava, nesta noite, por um processo de ventilação.
A organizadora de eventos Maria Eulália do Nascimento, de 54 anos, estava em um prédio em frente ao HCor quando começou a sentir cheiro de queimado e viu a fumaça sair do edifício. Ele e outros colegas começaram a acenar para pessoas que estavam no hospital, alertando sobre o incêndio.
“Ninguém (no hospital) tinha percebido que estava pegando fogo. Sentimos cheiro de queimado e começamos a gritar para o pessoal das guardas para a brigada de incêndio correr para lá”, disse. “Olhando daqui, víamos o movimento dos quartos, as pessoas deitadas nas macas, ninguém tinha percebido. Uma senhora ficou na janela, desesperada.”
PACIENTES RETIRADOS
O incêndio assustou os pacientes do hospital que estavam internados e seus acompanhantes. Na noite desta sexta, parte dos pacientes eram transferidos para um prédio que fica em frente à unidade incendiada “por questão de segurança”, segundo o HCor.
A evacuação inclui pacientes que estavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Eles tiveram de ser transferidos emergencialmente, enquanto acompanhantes eram orientados a deixar o edifício. Acompanhantes relataram ao Estado que, por alguns minutos, o clima foi de tensão, já que não se tinha dimensão do que estava acontecendo.
Marcello Lima, de 36 anos, estava visitando o sogro quando ouviu pessoas gritando “fogo”. A preocupação dele era também encontrar a mulher e a filha que estavam em outro andar. “Não sabia onde estava o fogo, então desci correndo para encontrá-las, depois voltei para ver como estava o meu sogro já que os funcionários estavam todos mobilizados nisso”, disse.
Ele relatou que o prédio rapidamente se encheu de fumaça, o que dificultava a respiração a partir do quinto andar. Seu sogro regressou à UTI e a sua família aguardava na calçada às 19 horas para retornar ao local.
As ruas do entorno permaneciam cercadas, na noite desta sexta, por carros de bombeiros e da polícia. Em frente a uma das unidades, pacientes e acompanhantes tiveram de permanecer por alguns momentos na calçada, enquanto dezenas de funcionários, entre médicos e enfermeiros, prestavam assistência, davam orientações e ofereciam água.
Alguns pacientes eram vistos com batas, demonstrando que foram remanejado às pressas. Pouco antes das 19 horas, funcionários informavam que parte deles estavam autorizados a retornar ao local de onde haviam saído.
Na noite desta sexta-feira, a Rua Desembargador Eliseu Guilherme estava interditada, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por causa do incêndio.