Vôlei de praia: Brasil começa com quatro vitórias no feminino
Ágatha e Duda, Ana Patrícia e Rebecca, Carol Solberg e Maria Elisa e Fernanda Berti e Bárbara Seixas largaram com vitória
- Data: 28/06/2019 15:06
- Alterado: 28/06/2019 15:06
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Crédito:Divulgação/FIVB
O Brasil largou com o pé direito na disputa do Campeonato Mundial de vôlei de praia 2019, disputado em Hamburgo (Alemanha). Foram quatro jogos e quatro vitórias das duplas do país no torneio feminino nesta sexta-feira (28.06), com triunfos de Ágatha/Duda (PR/SE), Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), Carol Solberg/Maria Elisa (RJ) e Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ).
A competição acontece a cada dois anos e é a principal da temporada 2019 do vôlei de praia, rendendo pontos à corrida olímpica brasileira. Os jogos desta sexta foram válidos pela fase de grupos, que segue até a próxima terça-feira (02.07). As duplas folgam neste sábado (29.06) – apenas times do naipe masculino entrarão em quadra.
O primeiro time a entrar em quadra foi de Fernanda Berti/Bárbara Seixas. Elas começaram a caminhada no torneio superando as mexicanas Revuelta e Orellana por 2 sets a 0 (21/14, 21/12), pelo grupo L. A bloqueadora Fernanda foi a maior pontuadora do time, com 15 acertos. Elas também apresentaram poucos erros, cedendo sete pontos, contra 15 cedidos pelas mexicanas. Bárbara analisou o bom começo em Hamburgo.
“Foi um primeiro jogo bom para adquirirmos ritmo de competição, nos soltarmos. As mexicanas não rodam tanto o Circuito Mundial, então tivemos que estudar bastante, mas me senti muito bem na estreia”, disse Bárbara, que comentou estar recuperada de fratura no metacarpo. “Estou usando só uma proteção, mas estou me sentindo muito bem, não está atrapalhando minha performance. Estamos suscetíveis a essas coisas, mas não está atrapalhando nada, está recuperada”, destacou a defensora.
A próxima partida de Fernanda Berti e Bárbara Seixas acontece na segunda-feira (01.07), às 10h (de Brasília), contra as eslovacas Dubovcova e Strbova, que também venceram na estreia as outras adversárias do grupo, as finlandesas Lahti e Parkkinen.
Ágatha e Duda, atuais líderes do ranking do Circuito Mundial, também começaram com o pé direito. Elas venceram na estreia as cubanas Leila e Maylen por 2 sets a 0 (21/15, 21/12). Duda anotou impressionantes 21 pontos, maior pontuadora do duelo. As brasileiras sacaram bem, com cinco aces, além de terem recebido 13 pontos em erros das adversárias. Duda analisou o desafio da estreia e comentou as precauções para não serem surpreendidas.
“Começar com o pé direito é muito bom, fizemos um jogo muito bom na estreia, isso é importante também, dá ritmo para a sequência das partidas da chave. Temos muita informação de outras duplas, mas as cubanas disputam poucos torneios do circuito, tínhamos apenas dois vídeos delas. Esse é o perigo, não saber tanto da parte tática adversária, ser mais estudado do que conseguir estudar. Isso nos obriga a jogar praticamente sem erros, para que não tenhamos que depender de um erro delas. Mas tivemos uma regularidade muito boa para sair com a vitória neste primeiro desafio”.
Ágatha e Duda voltam à quadra no domingo (30.06), às 5h (de Brasília), contra as japonesas Ishii e Murakami, que na estreia perderam para as chinesas Fan Wang e Xinyi Xia.
Apontadas como favoritas em eleição com os técnicos dos times que disputam o Campeonato Mundial, Ana Patrícia e Rebecca largaram na disputa do grupo D sem dificuldades. Elas superaram Judith Hakizimana e Charlotte Nzayisenga, de Ruanda, por 2 sets a 0 (21/10, 21/9). Rebecca comentou o desafio de manter a concentração durante todo duelo, sem baixar o ritmo pela diferença de nível técnico entre as duas duplas.
“Nosso time jogou muito concentrado, mesmo sendo um duelo em que o nível técnico era mais baixo, mantivemos o foco para não deixar o ritmo cair. Fizemos uma boa partida, nos comunicando bem, ajudando uma a outra, foi um bom começo, mas sabemos que ainda tem muitos mais pela frente, foi só o primeiro passo”, destacou.
Ana, com 21 acertos, foi a maior pontuadora do duelo. As brasileiras acertaram 31 ataques, contra apenas 11 das adversárias. O próximo compromisso de Ana e Rebecca no torneio será no domingo (30.06), às 13h (de Brasília), contra as alemãs Bieneck e Schneider, que perderam na estreia para as espanholas Liliana e Elsa Baquerizo, que completam o grupo das brasileiras.
Fechando a participação brasileira feminina nesta sexta-feira, Carol Solberg e Maria Elisa tiveram uma vitória tranquila contra as nigerianas Ikhiede/Nnoruga pelo grupo J: 2 sets a 0 (21/11, 21/7). Maria Elisa destacou a importância do saque no duelo.
“Quando temos poucas informações sobre o outro time, que não disputa o Circuito Mundial, temos que focar em nosso saque. Fizemos isso muito bem e é o que nossa dupla tem de melhor. Temos que levar isso para os próximos jogos. Fomos aos poucos identificando a movimentação, ataques e posicionamento delas, conseguimos controlar bem para sair com essa vitória na estreia”, declarou Maria Elisa.
Carol Solberg e Maria Elisa voltam à quadra no domingo, às 15h30 (de Brasília), contra as alemãs Laura Ludwig, atual campeã mundial, e sua parceira desde o início do ano, Meg Kozuch. Completam a chave as norte-americanas Larsen e Stockman.
A fase de grupos conta com 48 times em cada naipe, divididos em 12 grupos com quatro duplas. Eles jogam entre si e os primeiros e segundos avançam aos playoffs, assim como os quatro melhores terceiros colocados. Os outros oito terceiros colocados disputam uma rodada eliminatória chamada Lucky Looser, com os vencedores também avançando ao mata-mata, totalizando 32 times. A competição segue em formato eliminatório com round 1, oitavas de final, quartas de final, semifinais e disputas de bronze e ouro.
Somando os naipes masculino e feminino, o Brasil soma 12 medalhas de ouro, nove de prata e dez de bronze nas 11 edições realizadas. Brasil contra Estados Unidos foi a final mais repetida na história, tendo acontecido em sete oportunidades. O Campeonato Mundial é o principal torneio da temporada, com uma premiação total de 1 milhão de dólares (500 mil para cada naipe) e a maior pontuação ao ranking da temporada.