Brasil cai para a 124ª posição no relatório Doing Business 2020

Os itens que mais prejudicam o País na lista são a dificuldade para obtenção de alvarás de construção e a complexidade para o pagamento de impostos

  • Data: 25/10/2019 13:10
  • Alterado: 25/10/2019 13:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fecomercio SP
Brasil cai para a 124ª posição no relatório Doing Business 2020

Crédito:Reprodução/Internet

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Apesar dos esforços dos últimos anos do Brasil para melhorar as relações de trabalho, atrair investimentos e criar empregos, o País caiu para a 124ª posição do relatório Doing Business 2020, divulgado na noite dessa quarta-feira (23). Esse ranking global é publicado anualmente pelo Banco Mundial, que avalia as leis e as regulações que facilitam ou dificultam as atividades das empresas em 190 países. Até então, o Brasil ocupava a 109ª posição na lista.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o País deve avançar em reformas que tenham efeitos nos indicadores do relatório Doing Business – uma porta de entrada para mais investimentos produtivos. A queda se deve ao pequeno número de reformas que foram implementadas no País, segundo o Banco Mundial, principalmente em comparação com outras economias que fizeram reformas mais profundas.

O economista e especialista em Doing Business da FecomercioSP, André Sacconato, explica que apesar da piora na posição em que o Brasil se encontra no ranking, as perspectivas são boas para os próximos anos, principalmente em relação ao Poder Legislativo, debruçado para aprovação das reformas, principalmente a tributária, que melhoraria o item pagamento de impostos, por exemplo.

“Há uma mobilização muito grande do governo e do setor privado para melhorar o índice, e a FecomercioSP está capitaneando esse esforço em meio aos empresários, fazendo parcerias com as esferas federais, estaduais e municipais e liderando o Grupo de Trabalho do Doing Business para estudar os índices em que o País se encontra mal avaliado”, completa Sacconato.

A pontuação geral no ranking brasileiro subiu apenas 0,5 – de 58,6 para 59,1. Os únicos indicadores que apresentaram reformas foram: mais facilidade para abertura de empresas e registro de propriedades. Já o indicador de obtenção de alvarás de construção piorou neste ano. Os outros itens avaliados se mantiveram constantes, sem reformas relevantes. Os indicadores que mais prejudicam a posição do Brasil são: obtenção de alvarás de construção (170) e pagamento de impostos (184). Os mais bem posicionados são: proteção de investidores minoritários (61) e execução de contratos (58).

A fim de promover o debate e tomar medidas concretas com o Poder Público para redução da burocracia, a FecomercioSP tem promovido diversas ações em prol de um ambiente mais oportuno aos negócios, seja com apoio a projetos relevantes para as empresas ou com propostas de autoria própria visando, em diversas frentes. Entre suas principais atividades, destacam-se as propostas de simplificação do sistema tributário, com 11 anteprojetos e 8 emendas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n.º 45/2019, e mais 11 emendas à PEC n.º 110/2019, que estão em debate no Congresso e podem ter um grande impacto no ambiente de negócios.

Na mesma esteira de ações que visam simplificações profundas no sistema tributário, a Federação já realizou diversos encontros para debater o tema, recebendo, inclusive, representantes do Poder Público e parlamentares que estão liderando as discussões dessa pauta no Congresso.

A recém-sancionada Lei da Liberdade Econômica também foi defendida pela Entidade, assim como a criação do Plano Estadual de Desburocratização – Empreenda Fácil, em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Também defendeu ativamente e se envolveu nas discussões para a criação do Integrador Estadual Paulista, sistema da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), e do Via Rápida Empresa (VRE), plataforma online que simplifica processos desde a abertura até a emissão de licenças e registro da inscrição.

Sobre a FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é uma entidade empresarial paulista dos setores de comércio e serviços. Com o objetivo de representar os interesses das empresas do segmento e contribuir para a sua modernização constante, congrega 136 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Instituição representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro –, gerando em torno de 10 milhões de empregos.

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