Relator da Lava Jato no STF, Fachin vota a favor de prisão em 2ª instância
O relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, votou nesta quarta-feira, 23, a favor da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância
- Data: 23/10/2019 17:10
- Alterado: 23/10/2019 17:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Brasília: O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, durante sessão plenária para análise de embargos de declaração em representação, recursos ordinários e recursos especiais eleitorais referentes às Eleições 2018. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Crédito:Agência Brasil
A medida é considerada um dos pilares da Lava Jato no combate à impunidade.
A sessão foi suspensa temporariamente pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para o intervalo regimental. Até o momento, dois ministros votaram favoravelmente à execução antecipada de pena – Fachin e Alexandre de Moraes. O relator das três ações analisadas pelo plenário do STF, ministro Marco Aurélio Mello, se posicionou contra a medida, sob o argumento de que a prisão só deve ocorrer após o esgotamento de todos os recursos (trânsito em julgado).
“É inviável sustentar que toda e qualquer prisão só pode ter o cumprimento iniciado quando o último recurso da última Corte constitucional seja analisado”, disse Fachin, destacando que do julgamento “não haverá declaração de inocência de quem quer que seja”.
“Não desconsidero que o atual sistema prisional brasileiro constitui um verdadeiro estado de coisas inconstitucional (quadro insuportável e permanente de violação de direitos fundamentais a exigir intervenção do Poder Judiciário), mas essa inconstitucionalidade não diz respeito à prisão, mas a toda e qualquer modalidade de encarceramento”, observou.