Metade da população masculina pode sofrer com a perda do cabelo até os 50 anos
De acordo com a OMS, a calvície atinge metade dos homens com até 50 anos. Isso acontece com grande contribuição da genética, ou seja, se já existem casos em que os pais ou avós são calvos
- Data: 12/12/2018 11:12
- Alterado: 12/12/2018 11:12
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria de Imprensa
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É importante entender que a hereditariedade contribui muito, mas nem sempre é um fator determinante. Sendo assim, mesmo que não haja histórico familiar, é possível que a queda de cabelos também aconteça, e para entender o real motivo é necessário contar com um profissional para buscar as melhores alternativas e evitar que mais fios caiam.
Especialistas apontam que, embora não exista cura, novos tratamentos oferecem solução duradoura para o problema
Muitos homens assumem o estilo careca sem medo de serem felizes, mas também têm aqueles que se preocupam com a queda de cabelos. E não é para menos, a perda de fios pode começar no início da vida adulta, sendo mais severa para alguns do que para outros. O fato é que este assunto tem amedrontado o sexo masculino, afetando diretamente a autoestima deles, independentemente da idade.
Cenário nacional
Um dado divulgado pela Sociedade Brasileira do Cabelo no segundo semestre deste ano, mostra que cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície, dentro deste contexto, um número que chamou bastante atenção foi a quantidade de jovens com idade entre 20 e 25 anos que estão sofrendo com a queda de fios. Nessa faixa etária, 25% das pessoas são afetadas com a perda de cabelo, estimulados por problemas emocionais e genéticos.
De acordo com o médico, Alan Wells, cirurgião plástico e especialista em transplante capilar, o ser humano perde, diariamente, cerca de 100 fios. “Pode acontecer na hora de lavar o cabelo, pentear ou secar. Isso ocorre porque o cabelo tem um ciclo de vida, no qual, eles nascem, crescem e morrem. É natural, porém, se perceber que o cabelo cai em muita quantidade, é necessário consultar um especialista”, explica.
O grande vilão da calvície
A herança genética que pode vir tanto do pai quanto da mãe, são os principais causadores da perda de cabelo. A calvície hereditária, também conhecida como alopecia androgenética, é estimulada pela testosterona, como é um hormônio masculino, embora as mulheres também os produzam, mas em menor quantidade, a calvície acaba sendo muito mais comum nos homens. Por outro lado, mesmo que não exista um histórico familiar, problemas emocionais podem contribuir com a queda de cabelo. “Também existe alopecia areata, é uma condição autoimune e pode ser desencadeada por alguma questão emocional, como estresse, traumas, e para as mulheres, pode acontecer durante a gravidez”, explica.
Além desses fatores, a perda de fios também se dá por outros motivos como a falta de ferro no sangue, que resulta em anemia ou por higiene inadequada dos cabelos, porém, a alopecia androgenética é a ainda mais comum. De todo modo, uma boa alimentação e cabelos limpos ajudam na saúde capilar.
Exames e tratamentos
Todas as causas que fazem o cabelo cair devem ser tratadas para evitar mais perda de fios. Normalmente, no primeiro momento é feito uma avaliação a olho nu, depois disso o médico pode pedir uma tricodermatoscopia, que permite ver o couro cabeludo com uma lupa, projetando a imagem no computador, para verificar se há presença de fios anormais, manchas ou algum tipo de alteração no cabelo. Exame de sangue e biópsia também podem ser solicitados pelo especialista, porém, é necessário levar em consideração alguns pontos, como faixa etária, traumas, características da queda, histórico familiar e até mesmo rotina, para ver se o paciente está exposto a algum nível de estresse muito alto.
Para cada caso, um tratamento. Wells explica que pode ser receitado remédios, no entanto, como muitos deles possuem efeitos colaterais significativos, o uso só deve ser feito sob prescrição médica. Além disso, é possível também fazer um transplante capilar, mas essa alternativa é para quem já está com a calvície estabilizada. “Neste caso, utilizamos os fios do próprio paciente, normalmente retirados da nuca e das laterais e realocamos na parte que ficou rareada. A cirurgia dura, em média, sete horas, pois são colocados milhares de folículos um a um. No dia seguinte pode retornar à rotina, já os exercícios físicos somente uma semana depois. Os cabelos transplantados caem no mês do procedimento e após alguns meses nascem da raiz colocada abaixo da pele e crescem normalmente”, explica o especialista.
Assumir a careca ou tratar a perda de cabelo?
Conviver com a calvície, talvez, tenha sido algo comum no passado, vide nossos pais e avôs. Hoje, os homens estão mais vaidosos e, consequentemente, mais preocupados com a saúde. Porém, existem alguns que lidam com naturalidade, mas para outros, a perda de cabelo pode ser algo devastador, especialmente, para os mais jovens.
Isso acontece porque a calvície não vem com a mesma intensidade para todos, pode ser que um jovem sofra com mais agressividade, chegando a ficar calvo muito cedo, sendo que outros homens, só percebem, de fato, aos 40 anos ou mais. “Depende muito do gene de cada um, em alguns homens o processo é muito rápido, em outros pode levar anos. Para os que são mais jovens, a autoestima é sempre abalada. Normalmente, a calvície é aceita com mais tranquilidade entre os mais velhos”, detalha Wells.
Embora não exista cura definitiva para calvície, uma vez que a causa pode estar ligada a questões genéticas e emocionais, o transplante capilar pode propiciar uma solução duradoura, então a dica do especialista é sempre estar atento a saúde capilar e, ao perceber os primeiros sinais, consultar um médico.