Capital turística do mundo, Paris recebe mais pessoas que o Brasil inteiro por ano

Quando falamos sobre turismo, muitos brasileiros pensam logo nas belas praias do Nordeste, ou mesmo sobre as serras gaúchas ou as belezas do Pantanal e da Amazônia, porém vemos que o turismo brasileiro é muito pouco explorado quando analisamos alguns números e nos deparamos com uma realidade internacional de incentivo ativo ao turismo.

As vésperas de uma Copa do Mundo que tradicionalmente é um evento de grande deslocamento de pessoas avaliamos certos números de expectativa e realidade. Os organizadores locais do país que receberá o mundial em novembro expressam com absoluta ansiedade de receberem cerca de oitocentos e cinquenta mil turistas durante os jogos. O número realmente é significativo em relação a um país ainda fechado para o mundo e por se tratar de um mês somente de evento, porém conversando com pessoas ligadas ao turismo francês nos deparamos com uma realidade absolutamente diferente de tudo que entendemos ser bom ou ótimo quanto ao turismo.

Enquanto o Brasil inteiro recebe uma média de 6 milhões de turistas por ano, tendo seu recorde histórico em 2018 quando alcançou a marca de 6,62 milhões de visitantes, a França atrai ao seu país a expressiva marca de 89 milhões de pessoas por ano, sendo pouco mais de 33 milhões que ficam somente em Paris.

Para se ter a disparidade dos números em relação a turismo, o guia local Domini Ferran nos declarou que somente no passeio interno para subir na torre são 7,2 milhões de turistas por ano, mais que todo o território brasileiro.

Realmente nos deparamos com uma estrutura histórica e imponente, mas questionamentos quanto a métodos, incentivos e uma política nacional de fomentação do turismo são evidentes para a disparidade em relação ao Brasil. Para se ter mais um ponto de comparação o Cristo Redentor no Rio de Janeiro que é o principal ponto de visitação do Brasil recebe cerca de 1,9 milhões de visitantes por ano e segundo os seus responsáveis, somente trinta e cinco por cento desse número são de estrangeiros.

Para Ferran os números em Paris são uma consequência de um plano traçado há muitos anos para obter essa fonte de renda e isso engloba não só o poder público, mas também uma grande conscientização local.

“Temos aqui uma tendência para receber bem as pessoas. A magia da torre é algo que buscamos levar ao mundo de uma forma única. Se pensar de forma racional é somente uma torre. Existem torres em todo o mundo, parecidas ou não elas possuem formatos parecidas, mas a França alimenta a magia desse local com uma série de outros pontos como o próprio Louvre e principalmente o charme dessa cidade que aparentemente nunca dorme”, declarou.

Realmente o impacto é visível em nossos olhos e as respostas para a diferença em números não são simples para uma projeção de melhora a médio prazo. Nos cabe admirar a beleza desse local e entender o porquê do país investir muito mais em seus espaços e seu povo do que em ações por eventos específicos, por mais que a política nacional sempre consiga trazer grandes competições e congressos para cá.

E segue o jogo….