Governo cobra empenho da base no Congresso

O presidente em exercício Michel Temer cobrou nesta quarta-feira 29, do líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-BA), mais empenho da base aliada na defesa do governo. A percepção de que está “apanhando” diariamente da oposição no plenário tem incomodado o peemedebista. A queixa é em parte explicada pelos recentes impasses que enfrenta […]

  • Data: 30/06/2016 09:06
  • Alterado: 30/06/2016 09:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Governo cobra empenho da base no Congresso

Crédito:Lula Marques/ AGPT

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O presidente em exercício Michel Temer cobrou nesta quarta-feira 29, do líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-BA), mais empenho da base aliada na defesa do governo. A percepção de que está “apanhando” diariamente da oposição no plenário tem incomodado o peemedebista.

A queixa é em parte explicada pelos recentes impasses que enfrenta no Congresso, o que inclui, por exemplo, a escolha de um nome para a vaga aberta no Ministério do Turismo.

Nesse caso, Temer teve que lidar com a disputa entre peemedebistas da Câmara e do Senado para indicação da vaga. A solução que encontrou – mas ainda não oficializou – foi atender ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), com a indicação do deputado peemedebista Marx Beltrão (AL), deixando Alagoas com duas vagas na Esplanada.

O governo entende que essa estratégia serve para agradar a bancada do PMDB na Câmara, já que Marx é deputado, e a Renan, que pode influenciar no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado.

Outro impasse que tem emperrado a aprovação de matérias no Congresso é a sanção da Lei das Estatais, que prevê regras mais rígidas para a indicação de políticos em diretorias de empresas públicas.

Senadores aprovaram um texto que dificulta a nomeação de políticos para as empresas, mas os deputados, interessados nos cargos, afrouxaram o projeto, que foi novamente endurecido pelos senadores.

Agora, deputados exigem do Planalto vetos ao texto para dar menos rigor às nomeações e o impasse atrasa as indicações. Esse item poderá atrapalhar ainda a votação do projeto que limita indicações políticas para os fundos de pensão, que os senadores também querem endurecer e os deputados abrandar.

A lista de pendências também inclui reforma da Previdência, tema sobre o qual ainda não há consenso entre as centrais sindicais.

LÍDERES
Apesar de o Planalto negar que venha agindo nos bastidores para livrar o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação, líderes partidários, inclusive da base, acreditam que há um acordo em construção para aprovar o recurso do peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e retardar a votação em plenário, em troca da renúncia dele ao comando da Casa.

Segundo relatos, na conversa com Cunha no domingo, Temer deixou claro sua insatisfação com a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência da Câmara e reclamou que a instabilidade política está atrapalhando as votações de matérias de interesse do governo.

Os partidos do Centrão estariam dispostos a promover trocas na CCJ para garantir que o recurso do peemedebista seja aprovado e o processo por quebra de decoro parlamentar volte à estaca zero no Conselho de Ética da Câmara.

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  • Data: 30/06/2016 09:06
  • Alterado:30/06/2016 09:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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