Fábricas de Cultura apresentam espetáculos que abordam a ancestralidade
Obras foram produzidas por aprendizes e arte-educadores das Fábricas de Cultura dentro do Projeto Espetáculo, que neste ano volta a realizar apresentações presenciais nas unidades
- Data: 20/10/2022 11:10
- Alterado: 15/08/2023 20:08
- Autor: Redação
- Fonte: Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Acervo Fábricas de Cultura
Crédito:Ícaro Rocha
Pensando nas “histórias que a história não conta”, aprendizes e arte-educadores das Fábricas de Cultura das zonas Norte e Sul de São Paulo, além de Diadema, desenvolveram manifestações artísticas que resgatam a ancestralidade, a memória e a representatividade dos territórios periféricos onde estão inseridos. Após duas edições virtuais, devido à pandemia, o Projeto Espetáculo 2022 retorna ao formato presencial com apresentações de 18 de outubro a 12 de novembro, em cada uma das unidades. Tudo gratuito e aberto para todos os públicos.
As obras cênicas fazem parte do Projeto Espetáculo, ação artístico-pedagógica de produção coletiva que reúne jovens a partir dos 12 anos para participar de um processo artístico, que engloba todo o processo de pesquisa, construção e apresentação de um espetáculo.
Durante oito meses, aprendizes e arte-educadores realizaram estudos teóricos e entrevistas, trouxeram relatos pessoais, assistiram espetáculos e filmes, e analisaram letras e melodias musicais do álbum AmarElo do rapper Emicida. Toda essa bagagem levou a construção de cinco espetáculos e de um filme que refletem características de cada um dos territórios: Memória d’água (Brasilândia); Canto de um canto do mundo (Capão Redondo); Mãe, quem cuida das dores do passado? (Jaçanã); Raízes: Nossas Marias (Jardim São Luís); Festival: O que você é antes de crescer? (Vila Nova Cachoeirinha); e Flores de Maio (Diadema). Confira os detalhes:
De 18 de outubro a 1º de novembro, aprendizes da Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha apresentam o espetáculo FESTIVAL: O que você é antes de crescer?. A obra conta a história de Nave, Amália e Ariel, três jovens distintos com uma característica em comum: estão diante de grandes dilemas sobre seus futuros. Um festival de música pode ser a chance deste trio conseguir expressar suas angústias, fortalecer e construir suas identidades individuais e coletivas.
Passado e presente se encontram no espetáculo Raízes: Nossas Marias que será apresentado de 20 a 26 de outubro na Fábrica de Cultura Jardim São Luís. Olhos no passado, pés no presente e mãos para construir futuros, é a partir deste pensamento que os aprendizes da unidade recontam as histórias dos que vieram antes.
O resgate da herança dos povos originários e escravizados norteia o espetáculo Memória d’água, dos aprendizes da Fábrica de Cultura Brasilândia. A produção busca desvendar as histórias que estão por baixo dos rios tupis-guaranis, como o Tamanduateí, Tietê, Ipiranga e Anhangabaú, agora cobertos por avenidas e ruas nomeadas pelos colonizadores. As apresentações vão de 26 de outubro a 12 de novembro.
Aprendizes da Fábrica de Cultura Jaçanã trazem para o palco reflexões sobre a jornada dupla-tripla de diversas mulheres a partir de relatos biográficos encontrados nas histórias de vida de suas mães, avós e irmãs. Em Mãe, quem cuida das dores do passado? se investiga as narrativas daquelas que cuidam, mulheres que desde a infância desenvolvem trabalhos domésticos e maternos invisibilizados para a “história oficial”. As apresentações vão de 27 de outubro a 5 de novembro.
De 3 a 12 de novembro, o público poderá assistir na Fábrica de Cultura Capão Redondo o espetáculo Canto de um canto do mundo. O espetáculo une jovens músicos e poetas em cantos de protesto contra os preconceitos vivenciados por minorias que são das periferias, apoiando-se na nostalgia de momentos felizes e fazendo o possível para conquistar seu espaço no mundo.
Teatro e cinema se unem na Fábrica de Cultura Diadema. O filme Flores de Maio apresenta a história de mãe e filha que passam por uma profunda crise em sua relação. Internada numa espécie de clínica de reabilitação, Carol (filha) precisa enfrentar a si mesma para superar os traumas que a colocaram na condição de paciente em tratamento. As exibições ocorrem de 22 a 26 de novembro.
Confira mais informações sobre o Projeto Espetáculo 2022 no das Fábricas de Cultura. As unidades recomendam o uso de máscaras nos ambientes internos. O programa Fábricas de Cultura é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis.