Oncologia Pediátrica organiza festa de Páscoa para crianças em tratamento
Cerca de 180 ovos de chocolate foram distribuídos a pacientes do Ambulatório da Faculdade de Medicina do ABC, arrecadados por alunos do Colégio Piaget de São Bernardo
- Data: 01/04/2015 10:04
- Alterado: 01/04/2015 10:04
- Autor: Eduardo Nascimento
- Fonte: FUABC
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A equipe multiprofissional do Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC e voluntários das ONGs Big Riso, Instituto MAPAA e AVCC – Associação de Voluntárias para o Combate ao Câncer do ABC organizaram neste 31 de março festa de Páscoa para crianças com câncer em tratamento na FMABC. Dezenas de pacientes e familiares participaram da confraternização, que contou com apresentação musical dos alunos de 4º ano de Terapia Ocupacional, Karina Duarte e Weinnye Gaspareti – ambos estagiários na Oncopediatria.
Neste ano, a festa teve a participação de 10 alunos do Colégio Piaget, de São Bernardo. Os estudantes doaram à FMABC 180 ovos de Páscoa arrecadados em uma das campanhas do programa anual “Ética e cidadania além dos muros da escola”, que favorece diversas entidades beneficentes. Ao todo os jovens angariaram quase 350 ovos de chocolate na ação deste ano, além de 200 litros de leite. Acompanharam a entrega a coordenadora do Ensino Fundamental I, Varluce Manfrinato, a coordenadora do Fundamental II e do Ensino Médio, Valéria Ferreira, e a assistente de direção, Lilian Cavalaro, além da diretora do Colégio Piaget e voluntária da AVCC, Valdinéia Cavalaro.
O ponto alto da festa para as crianças da Oncologia Pediátrica foi a chegada do coelho da Páscoa, que interagiu com cada um dos pacientes e entregou os ovos de chocolate. Outro destaque foi a presença de cães-terapeutas no ambulatório, que integram projeto de Pet Terapia desenvolvido no local.
REFERÊNCIA NACIONAL E VOLUNTARIADO
Considerado referência nacional para tratamento de câncer infanto-juvenil, o Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC tem atualmente cerca de 20 crianças em quimioterapia e realiza média de 200 consultas mensais. Os serviços são 100% gratuitos via Sistema Único de Saúde (SUS).
Além da equipe multiprofissional, o local conta com apoio de diversos grupos voluntários, entre os quais a ONG Sorrir É Viver, Big Riso, ONG Instituto MAPAA – Meio Ambiente e Proteção Animal (responsável pelo projeto de Pet Terapia ‘Cão Amigo’), Fundo de Assistência à Criança (FAC), Liga Acadêmica de Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente (LAESCA), Projeto Felicidade, Make a Wish, Instituto Força Gui e Associação de Voluntárias para o Combate ao Câncer do ABC, cujas voluntárias auxiliam na humanização do ambiente terapêutico, apoio às famílias e suporte social com entrega de cestas básicas, medicações, próteses e perucas, entre outros itens.
ELEVADO ÍNDICE DE CURA
Pesquisas apontam que o câncer infantil atinge uma em cada 600 crianças. As leucemias são as mais frequentes, representando aproximadamente 1/3 dos casos. Tumores cerebrais correspondem a cerca de 20% dos casos, enquanto linfomas detêm 15%. A boa notícia é que, diferente do público adulto, a taxa de cura em crianças chega a 70%. Os tratamentos têm duração média de 1 ano e o acompanhamento é por toda a vida.
As terapias são individualizadas e variam de criança para criança. De forma geral, tumores sólidos são tratados com cirurgia, seguida de quimioterapia ou radioterapia. Já a abordagem em linfomas e leucemias é com quimioterapia e, em último caso, com transplante. “Independentemente do caso, o diagnóstico precoce é fundamental. Quanto mais cedo identificado o problema, mais leve será a terapia e maior a taxa de cura. As medidas adotadas em casos avançados geralmente são mais agressivas, com medicações mais fortes e em doses maiores, aumentando os efeitos colaterais”, alerta o médico responsável pela Oncologia Pediátrica da FMABC, Dr. Jairo Cartum, que aconselha: “O mais importante é que os pais levem seus filhos periodicamente ao pediatra para consultas de rotina. Esse profissional está apto a identificar possíveis sinais de câncer e a encaminhar para um serviço especializado em oncologia infantil”.