Indústria ainda está insegura para retomar exportações, avalia Abimaq

O presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, afirmou que a indústria de transformação e de bens de capital ainda está insegura para retomar as exportações, diante da instabilidade do dólar

  • Data: 23/03/2015 17:03
  • Alterado: 23/03/2015 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Indústria ainda está insegura para retomar exportações, avalia Abimaq

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Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o processo para que a indústria brasileira reconquiste as exportações é lento e ainda passa pela retomada da confiança perdida junto ao cliente externo.

“Reconquistar as exportações é um processo lento, porque a indústria não reage como a venda de commodities, por exemplo, que tem um resultado imediato. É preciso reconquistar clientes e passar a segurança de que os preços vão permanecer competitivos”, afirmou.

“O fabricante precisa ter a confiança na estabilidade do dólar e isso ainda não temos. É preciso certa segurança no andamento do câmbio brasileiro e isso levará meses”, completou.

Segundo Pastoriza, se o dólar seguir no atual patamar, acima de R$ 3, ou mesmo subir, o aumento das exportações do setor de máquinas e equipamentos só será sentido em 2016.

Além da retomada da competitividade externa e dos clientes, será necessário remontar as estruturas no exterior. “Após reconquistar o cliente, é preciso montar uma estrutura para repor peças e ainda treinar pessoas para a manutenção lá fora. É um trabalho que demora mais de um ano para ter efeito”, ratificou o presidente da Abimaq.

Pastoriza admitiu que a alta do dólar traz uma retomada imediata da competitividade das indústrias brasileiras no mercado interno. No entanto, essa competitividade é limitada pelo aumento nos custos de componentes importados – que substituíram totalmente os nacionais no processo fabril – e ainda pelo aumento nos preços da energia elétrica e do diesel.

A alta dos juros é outro complicador. “O tarifaço do governo e o aumento dos juros amortecem os ganhos de competitividade gerados pelo dólar no mercado interno”, concluiu o presidente da Abimaq.

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  • Data: 23/03/2015 05:03
  • Alterado:23/03/2015 17:03
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