Fernanda Paes Leme chora ao relatar aborto espontâneo
Atriz fez relato do caso em participação no programa Mil e Uma Tretas, no YouTube
- Data: 04/10/2022 11:10
- Alterado: 04/10/2022 11:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O aborto espontâneo é uma realidade comum no mundo, somando cerca de 23 milhões de casos todos os anos, segundo um artigo publicado pela revista científica The Lancet. O fato pode ser consequência de diversos fatores e acometer mulheres em diferentes idades e classes sociais, como foi o caso de Fernanda Paes Leme, conforme seu relato em participação no programa Mil e Uma Tretas, no YouTube, na segunda-feira, 3.
A atriz destacou que além de ser difícil de passar, a situação é ainda mais delicada para falar. Assim, ela descreveu o aborto espontâneo como “uma perda invisível”. “É um luto que você vive de algo que você nem viu a cara, que às vezes você não tem nenhuma peça, nada, nem uma foto pra você lamentar, que é o que acontece quando a gente perde alguém”, refletiu.
Segundo Fernanda, o fato foi inesperado, pois não estava tentando engravidar e nem desejava naquele momento, final de 2021. Contudo, aconteceu após tirar o DIU de cobre, por alguns problemas causados pelo contraceptivo, como cólicas. No mês seguinte, além do atraso menstrual, passou a sentir alguns sintomas de gravidez, quando realizou o teste e deu positivo.
Cerca de uma semana após descobrir a gravidez, a atriz teve um sangramento e ao realizar alguns exames constatou que havia perdido o bebê. “E aí vem todo um outro lado. A primeira pessoa a descobrir é você. Quem tem que contar para os outros é você, as poucas pessoas que sabiam. Aí você tem que administrar a sua dor, a dor do outro e as pessoas chegam pra você e falam: “é normal”. Normal não pode ser. Pode ser comum perder na primeira gravidez, acho que até 20% das primeiras gravidezes não evoluem, mas não vem me falar que é normal”, relatou.
Fernanda não conseguiu segurar as lágrimas ao relembrar que as pessoas queriam amenizar a situação, “quando, na verdade, você só precisa de apoio, de abraço”. “Eu fiquei muito mal, porque eu vi ali que eu queria ser mãe, porque antes eu não achava que eu queria. (…) Foi uma perda muito solitária pra mim”, lamentou.