Ciro encerra campanha no Ceará para conter risco de apadrinhado perder disputa
Devido a um racha entre ele e seus irmãos, Ciro evitava comparecer ao Estado
- Data: 01/10/2022 18:10
- Alterado: 15/08/2023 21:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Ciro Gomes
Crédito:José Cruz - Agência Brasil
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e sua candidata a vice Ana Paula (PDT), chegaram na tarde deste sábado 1, ao ato de encerramento da campanha: uma carreata em Fortaleza, que contou com a participação do candidato do partido ao governo do Ceará, Roberto Cláudio. Com seu apadrinhado correndo o risco de perder as eleições dentro do seu reduto eleitoral, Ciro, que governou o Estado por dois mandatos (2007-2015) disse que voltava ao berço por vê-lo “ameaçado de cair na mão de uma pessoa que não tem a maior qualificação nem moral, nem intelectual, nem treinamento” para assumir o governo.
Atualmente, o comando do Estado é disputado por Capitão Wagner (União Brasil), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e à frente nas pesquisas de intenção de voto, seguido por Elmano de Freitas (PT), apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Roberto Cláudio ocupa o terceiro lugar da disputa.
Devido a um racha entre ele e seus irmãos, Ciro evitava comparecer ao Estado. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o rompimento de uma aliança de 16 anos entre o grupo de Ciro e o PT no Ceará dividiu a família Ferreira Gomes. Enquanto Ciro optou, durante a reta final da campanha, em aumentar o tom de suas críticas contra Lula, o senador Cid Gomes (PDT-CE) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT) – irmãos dele – evitaram dar apoio a Roberto Cláudio e fazer campanha para o petista Camilo Santana ao Senado. Na tentativa de se reaproximar do PT, Cid afirmou que não vai declarar voto para governador.
Segundo turno
Ao ser questionado sobre apoio ao PT no segundo turno, caso não consiga avançar na disputa, Ciro disse que “se o PT quiser nos apoiar, o Roberto Cláudio, nós aceitaremos, mas eu apoiar o PT só na próxima encarnação”.
O ex-governador também voltou a se colocar como uma opção à polarização que existe entre Lula e Jair Bolsonaro. “Saio da campanha sem nenhuma única acusação de corrupção de nenhum dos meus adversários, nem para direita, nem para esquerda, apesar de ter denunciado na cara dos dois candidatos que ambos são muito corruptos”, disse a jornalistas.