Exposição “Ordalina” faz homenagem ás mulheres

Através das pinceladas de Ordalina Candido, as mulheres, suas identidades e sonhos ocupam o Centro Cultural Clara Nunes em Diadema entre os dias 6 e 29 de março.

  • Data: 04/03/2015 17:03
  • Alterado: 22/08/2023 21:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Isabelli Gonçalves
Exposição “Ordalina” faz homenagem ás mulheres

Crédito:

Você está em:


A exposição surge para homenagear e refletir sobre o feminino por meio da experiência da artista plástica que tem mais de 53 anos de atuação, envolvendo além das pinturas, militância e arte educação.

A abertura da exposição ocorrerá na próxima sexta-feira (06 de março) com diversas intervenções artísticas de teatro, dança, literatura e música. A entrada é gratuita e livre para todas as idades.

Centro Cultural Clara Nunes
Endereço: Rua Graciosa, 319, Centro – Diadema
Exposição Ordalina – 06 a 29 de março
Abertura – 06 de março às 19H

A ARTISTA E SUA OBRA
Ordalina Candido, 69 anos, tornou-se referência de apoio e inspiração na região de Diadema por meio dos seus trabalhos nas áreas de Artes Plásticas e Cabeleireiro. Como principal ação está o incentivo para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, a partir de aulas, produção de atividades culturais, auxílio a famílias, exposições abordando o respeito com a diversidade e o cotidiano da favela.

Como artista plástica possui trabalhos em Portugal, Noruega, Inglaterra, Dinamarca, Suíça, Austrália, França e Canadá, suas pinceladas abordam como tema principal as Favelas, descritas pela mesma como o Quilombo urbano.

No Brasil expôs em diversos espaços, entre eles: Universidade Pontifícia Católica – PUC – São Paulo com as “Favelas palco dos Sonhos” em 2002; Exposição Brasil 500 anos realizada na Sede do PoupaTempo Santo Amaro – Governo do Estado de São Paulo; Na faculdade Mackenzie em dezembro de 2003; No Metrô República em 2005; Exposição Beneficente na Inglaterra – através da entidade CARF-UK; Centro Cultural Eldorado em 2003 e 2011.

Nasceu no Paraná, onde enfrentou diversas dificuldades por conta de sua pele negra e sua origem humilde, entretanto, sempre teve como meta aprender e ser feliz, assim iniciou nas artes com seus 16 anos de idade e com o passar do tempo foi se aprimorando, com o sonho de se tornar uma pintora profissional.

Em 1962 trabalhou na antiga FEBEM, atual fundação CASA; anos após na Galeria 24 de Maio como trançadeira; até o momento que abriu o seu próprio salão na comunidade do Inamar na cidade de Diadema.

Em 2003 começou a trabalhar em um projeto com crianças em situação de rua, interligado a ACER – Associação de Apoio a Criança em Risco e RCBF – Rede Cultural Beija-Flor, onde ensinava o cabeleireiro – com referências aos cabelos afros – e as artes plásticas, ambas utilizadas como ferramentas para a recuperação de diversos jovens e crianças que viviam em meio ao tráfico de drogas, violência física e psicológica, e outras situações da realidade conturbada dos centros urbanos.

Atualmente continua com seus trabalhos na área de educação, através de suas telas mostra o verdadeiro Brasil, com contraste social, fazendo uma reflexão sobre violência e preconceito. A cada pincelada e ação mostra a face da mulher negra guerreira que une as dificuldades sofridas pela população da periferia com a garra e perseverança afro-brasileira.

Compartilhar:
1
Crédito:
1
Crédito:
1
Crédito:

  • Data: 04/03/2015 05:03
  • Alterado:22/08/2023 21:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Isabelli Gonçalves









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados