TUCCA apaga luzes de monumentos históricos para alertar sobre câncer nos olhos de crianças
Cristo Redentor, Sala São Paulo e Santa Marcelina Saúde, em Itaquera terão luzes apagadas em apoio ao Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma
- Data: 16/09/2022 11:09
- Alterado: 16/09/2022 11:09
- Autor: Redação
- Fonte: Santa Marcelina
Crédito:Divulgação
O retinoblastoma é um tumor ocular que atinge cerca de 400 crianças por ano no Brasil, e que se não for tratado pode levar à cegueira e à morte. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de preservar a visão e a vida da criança.
Há mais de 20 anos a TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer) mantém uma campanha, de abrangência internacional, que já beneficiou pacientes de diversas regiões do país e foi traduzida para vários idiomas, tendo sido veiculada nos cinco continentes.
Em 18 de setembro é o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, instituído pela Lei nº 12.637/2012, por sugestão da TUCCA. Nesta data, a associação, o Santuário do Cristo Redentor (RJ) e a Sala São Paulo (SP) farão uma ação que ficará na memória, assim como o Santa Marcelina Saúde, em Itaquera, parceiro da TUCCA.
O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, terá suas luzes apagadas, às 19h30. O famoso relógio da Sala São Paulo – casa da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), inaugurada em 1999 e considerada a melhor sala de concertos da América Latina -, além da fachada do Santa Marcelina Saúde, em Itaquera, localizado na Zona Leste de São Paulo, onde está o ambulatório oncológico pediátrico em parceira com a TUCCA há mais de 20 anos – uma união de sucesso que já beneficiou mais de 4 mil crianças e adolescentes carentes com câncer – também farão parte da ação: apagarão as luzes em ação simultânea com um dos principais cartões-postais do Rio.
A ação reforça a importância de se fazer o teste do olhinho nas crianças. “Hoje em dia, cerca de 50% dos casos no país são diagnosticados tardiamente. Mas, se identificada a tempo, a doença pode ter cura em até 100% dos casos”, destaca o oncologista pediatra Dr. Sidnei Epelman, presidente da TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer) e membro do board internacional do International Network for Cancer and Treatment Research (Associação Internacional para Tratamento e Pesquisa do Câncer – INCTR).
Sobre a doença
O retinoblastoma tem como características principais estrabismo, vermelhidão, baixa visão, dor e mesmo deformação do globo nos casos mais graves. Mas o principal deles é a leucocoria – conhecida como reflexo do olho de gato: as pupilas do paciente ficam esbranquiçadas, indicando que o tumor está impedindo a passagem de luz.
Segundo dados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Santa Marcelina Saúde, de Itaquera, referência no tratamento, 40% dos casos de retinoblastoma são hereditários. A média de idade das crianças em que a doença é detectada é aos 2 anos – e entre os primeiros sinais e sintomas até o diagnóstico em geral, passam-se cinco meses. Em parceria com o Santa Marcelina Saúde, mantém na Zona Leste de São Paulo, o Centro de Atenção Integral à Criança com Retinoblastoma, que oferece atendimento desde o diagnóstico até a reabilitação do paciente, de forma gratuita.