Sehal protocolo ofício contra eventos da Prefeitura de Santo André
Empresários reclamam que o excesso de programação gratuita prejudica o movimento dos bares
- Data: 06/09/2022 14:09
- Alterado: 06/09/2022 14:09
- Autor: Redação
- Fonte: Sehal
Crédito:Divulgação
O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) protocolou ofício na Prefeitura de Santo André solicitando a diminuição do número de eventos públicos realizados nas imediações do Bairro Jardim. O sindicato patronal alega que atualmente há excesso dessas atividades e que, portanto, diminui o movimento dos bares e restaurantes no local que tem grande concentração de estabelecimentos do setor de alimentação.
No documento, o Sehal registra o fato de ter recebido reclamação dos empresários sobre queda no faturamento e no número de clientes nos dias em que são realizados os eventos públicos. “Esperamos sensibilidade do poder público, já que o nosso setor foi prejudicado demais com a pandemia e tenta se reerguer”, disse Beto Moreira.
Proprietário do Old Town English Pub, no Bairro Jardim, em Santo André, Francisco Montiani Martins (o Kiko) disse que o excesso de programação pública prejudica os bares. “As pessoas vão aos eventos e deixam de sair e frequentar os bares”, comenta.
De acordo com Kiko, o movimento no seu estabelecimento cai cerca de 30% nos dias de evento. “Perdemos o dia de maior movimento, o sábado”, reforça.
Outro problema apontado por Kiko é a concorrência que ele considera desleal. “Nesses eventos têm vários food trucks, comercializam comidas e bebidas, mas não pagam os devidos impostos, não seguem as regras da vigilância sanitária, não tem alvará de funcionamento, entre outros. Enquanto nós, estabelecidos, somos obrigados a arcar com diversos custos, incluindo funcionários”, argumenta.
O empresário reconhece que os eventos públicos são necessários e devem ser organizados para atender a população, mas não devem tirar o público dos estabelecimentos do setor de alimentação. “Todo fim de semana é exagero, interfere na nossa atividade e é uma concorrência injusta”, aponta.