Quatro homens morrem em operação da Polícia Civil do Rio contra milícia
As mortes ocorreram após um tiroteio em um sítio em Nova Iguaçu
- Data: 20/08/2022 17:08
- Alterado: 20/08/2022 17:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Tânia Rêgo/Agência Brasil
Quatro homens suspeitos de envolvimento com milícias morreram em operação da Polícia Civil do Rio, na madrugada deste sábado, em caso que pode estar relacionado com o desaparecimento de quatro jovens em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A Polícia Civil informou que as mortes ocorreram após um tiroteio em um sítio em Nova Iguaçu. “No momento em que as equipes chegaram ao local, quatro homens efetuaram disparos de fuzil contra os policiais, que se abrigaram e responderam ao ataque”, diz uma nota divulgada pela corporação.
Os suspeitos mortos foram identificados como Delson Lima Neto, conhecido como “Delsinho”, irmão do miliciano “Tandera”; Renato Alves de Santana, conhecido como “Fofo”; e dois suspeitos que seriam os seguranças de “Tandera”, identificados como “Tizil” e “Neguinho”.
“Delsinho e Fofo são dois milicianos que ocupam funções de liderança dentro da organização criminosa liderada por Danilo Tandera. O primeiro é tido como o 02 do grupo paramilitar e abaixo dele está Fofo, ocupando a terceira posição dentro da hierarquia criminosa”, diz a nota da Polícia Civil.
Segundo a corporação, a operação deste sábado foi deflagrada “após um intenso trabalho de inteligência e depuração de um vasto material investigativo, por um período de 8 meses, os agentes chegaram a um sítio que seria utilizado pelos líderes da milícia que atua na região”. Após o tiroteio, foram apreendidos no local “quatro fuzis, uma pistola, diversas munições e fardamentos foram apreendidos”.
“Há suspeita de que o sítio, situado às margens do Rio Guandu, tenha sido o local utilizado para a execução de quatro jovens sequestrados no bairro Cabuçu. Os corpos teriam sido jogados no referido rio”, diz a nota da Polícia Civil.
Participaram da operação policiais da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e da 56ª DP (Comendador Soares).