Maestro Felipe Gadioli assume como regente assistente da OSSA
Aluno da Oficina Orquestral da Ossa, ele regressa para reeditar parceria com Abel Rocha
- Data: 17/08/2022 14:08
- Alterado: 16/08/2023 08:08
- Autor: Dérek Bittencourt
- Fonte: Secom/PSA
Maestro Felipe Gadioli
Crédito:Helber Aggio/PSA
Como diz o ditado popular, “o bom filho a casa torna”. É neste contexto que o jovem maestro Felipe Gadioli regressa a Santo André após dois anos para se juntar à Orquestra Sinfônica de Santo André (Ossa), onde foi aluno de duas oficinas de “Regência Orquestral” ministradas justamente pelo diretor, maestro e regente titular Abel Rocha, sob a supervisão de quem, a partir de agora, nesta Temporada 2022, assumirá responsabilidades à frente dos instrumentistas da sinfônica andreense, que completa 35 anos em 2022.
Natural de Campinas, formado em regência pela Unicamp, aos 26 anos Felipe não esconde a ansiedade – tampouco a felicidade – em assumir o cargo que foi ocupado nos últimos seis anos, com grande competência, por Natália Larangeira, esta que foi aprovada para ser regente assistente da Orquestra Filarmônica de Buenos Aires (na Argentina), no Teatro Colón. Felipe é violinista e professor. Atua também como titular na Filarmônica de Valinhos.
“Estou sentindo essa pressão até pelo legado da Larangeira, por levar esse legado dela. Então é uma grande responsabilidade carregar o repertório junto com um grande maestro, que é o Abel Rocha, mas também na gestão da orquestra. São várias facetas e circunstâncias que estou sendo encarregado integralmente. Então é grande emoção e privilégio estar aqui”, declara Felipe Gadioli, agradecido por retornar à cidade.
“Vim a Santo André como aluno do Abel. Fiz a quinta e sexta Oficina de Regência (em 2019 e 2020). Foi uma das experiências que mais me iluminaram. Agora estar aqui como assistente é outra coisa, outra realidade, que difere totalmente da anterior como aluno”, decreta Gadioli.
Na opinião de Abel Rocha, a chegada do novo regente assistente é como uma continuidade à sua formação na oficina da orquestra andreense. “Felipe é um dos jovens regentes que participou das oficinas aqui em Santo André, o que é uma coisa muito boa, porque além de oferecermos a formação, conhecemos muitos jovens regentes em início de carreira e com muita capacidade. Da mesma maneira que a Natália, além de suas competências como regente, há também as questoes de pensar uma orquestra enquanto organismo dinâmico, da gestão dos músicos, da programação, das ideias. Esse perfil bastante ativo chamou atenção, esse interesse na diversidade de repertórios e tudo mais”, afirma o regente titular da Ossa.
O maestro ainda salienta: “Além da musicalidade e competência técnica, o histórico dele (Felipe) em suas realizações frente a orquestras que dirigiu e grupos que organiza, num pensamento de repertório diferenciado para orquestra sinfônica. Para atuar em Santo Andre o importante é juntar o repertório tradicional, ter a maleabilidade de se envolver com música contemporânea, com novas estreias, músicas que estão fora daquele repertório tradicional da orquestra, dentro da programação. Isso está muito de acordo com a linha de trabalho do que a orquestra vem fazendo”, destaca.
Na última segunda-feira (15), o jovem maestro realizou o primeiro ensaio frente à Sinfônica de Santo André. “É um sonho que está se tornando realidade”, enaltece Felipe, que agradeceu aos músicos ao fim do treinamento.
Primeira experiência – No dia 28 de agosto, a partir das 11h, no saguão do Teatro Municipal, Felipe Gadioli realizará sua estreia à frente da Ossa. Durante evento inédito denominado “Ocupação Sinfônica”, ele terá oportunidades de assumir e dirigir o grupo. “Neste próximo concerto ele assume duas das músicas para começar a trabalhar direto com a orquestra e a cada programa estará presente com alguma participação”, explica Abel Rocha. Para este evento, estão previstas as execuções de composições inéditas, escritas especialmente para a orquestra andreense.
“O Abel me encarregou de dividir o palco com ele e ter essa oportunidade incrível. Estou bem ansioso, bem nervoso por assumir a cadeira à frente da orquestra. É uma emoção muito grande”, finaliza Felipe Gadioli.