Estudantes da Escola Vereda participam de projeto de iniciação científica da UNESP
Engajada com a pesquisa científica, rede paulista incentiva e auxilia seus alunos em seus projetos com professores orientadores
- Data: 26/07/2022 15:07
- Alterado: 26/07/2022 15:07
- Autor: Redação
- Fonte: Escola Vereda
Crédito:Divulgação
Os estudantes da Escola Vereda enxergaram como uma ótima oportunidade acadêmica o projeto da Universidade Estadual Paulista – UNESP, que permitiu jovens aspirantes a pesquisadores fazerem iniciação científica mesmo ainda estando na escola. A Vereda, que vem se tornando cada vez mais engajada com olimpíadas do conhecimento e projetos de pesquisa, foi a responsável por divulgar, há cerca de um ano, as inscrições para que seus alunos tentassem ingressar neste projeto de uma das mais importantes universidades públicas do país. “Fiquei sabendo pela Vereda, que chegou convidando os estudantes a se inscreverem. Quando eles falaram que havíamos passado, fiquei muito feliz”, conta Ingrid Belo, uma dos quatro participantes da Escola Vereda que ganharam a bolsa de estudos pela UNESP.
“O que mais me motivou a participar foi experimentar coisas novas e poder ter uma experiência de universidade logo cedo, já ver como que é, quais são as dificuldades, o que eu posso melhorar e o que eu posso evoluir”, revela Murilo Peralta, outro bolsista da iniciação científica. Além de já poder ter essa vivência antes mesmo que os outros estudantes, Murilo revela que a bolsa de estudos também fez com que ele aprendesse a lidar, antecipadamente, com o dinheiro de uma forma “responsável e sozinho”. Segundo o diretor da unidade de São Bernardo, Jefferson Nunes, eles estão vibrando com essas possibilidades.
Com o auxílio de professores orientadores da Vereda, Murilo escolheu pesquisar sobre a ocorrência de depressão em jovens levando em consideração a evolução da tecnologia, enquanto Ingrid, já apaixonada pelo meio ambiente desde pequena, decidiu se aprofundar em sustentabilidade e energias limpas. “São projetos que nós conseguimos aplicar aqui no nosso dia a dia. Esses dois estudantes estão trabalhando com os professores, que ajudam como orientadores de TCC mesmo, e com outros colegas aqui da escola, seja em entrevista, seja em análises em pesquisa. O Murilo chegou a fazer um questionário para os estudantes do 8° ano do Fundamental à 2ª série do Ensino Médio e conseguiu voluntários para o aprofundamento de seu trabalho. A Ingrid teve acesso à conta de luz, ao consumo da Escola Vereda e está entregando o estudo dela para nós”, detalha o diretor.
Ingrid chegou à conclusão de que a energia solar seria a mais viável a ser implantada na escola e Murilo fará uma proposta de intervenção em uma roda de conversa com os alunos para falar sobre o uso das redes sociais de uma forma saudável. “Eles querem muito conduzir esses projetos para poderem impactar, primeiramente, aqui a escola. Para além disso, eles falam de impactar também a sociedade, a comunidade escolar de São Bernardo do Campo”. Ingrid aponta o protagonismo que tiveram durante todo o processo como uma das características mais marcantes da iniciativa: “É algo muito interessante, porque mesmo a gente sendo jovem, podemos elaborar uma obra relevante, fazer alguma diferença no futuro e ajudar pessoas”.
Depois de se dedicarem um ano a essa imersão científica, ambos constataram que gostariam de trabalhar como pesquisadores no futuro. “A Geração Z está muito ligada com redes sociais. Por isso, quis trabalhar com essa iniciação e houve muito resultado. No final, percebi o que quero fazer da minha vida: desejo trabalhar com pessoas e ser pesquisador”, revela Murilo. O diretor destaca que, quando os estudantes colocam a mão na massa e lideram, “o aprendizado ganha muito mais sentido para eles”. Segundo Ingrid, “sempre há projetos novos, olimpíadas, cursos, inclusive agora há a feira de ciências e olimpíada de redação, para nos motivar a sair do básico e da zona de conforto”.
Jefferson conta que os dois jovens contagiam os demais colegas para participar de tudo aquilo que a Vereda oferece. “A ideia é que os estudantes se estimulem a buscar conhecimentos sobre aquela disciplina, aquela área; e eles fazem isso aqui muito bem.” A adesão às atividades, de acordo com o diretor, é uma questão cultural, de os alunos perceberem que é muito bom para eles. “Para os estudantes, é um ganho muito grande ter essas possiblidades aqui. A Vereda se propõe a sair um pouco do tradicionalismo, mostrando que não precisa ser dispendiosa para ser diferente e moderna. Acho que é essa a ideia principal da nossa escola”, conclui o diretor.