Fake News: eleitor deve estar atento às informações falsas sobre pesquisas

Divulgação de dados inexistentes tende a proliferar neste ano; TSE busca alternativas para combater interferência no processo eleitoral

  • Data: 31/05/2022 12:05
  • Alterado: 17/08/2023 03:08
  • Autor: Redação
Fake News: eleitor deve estar atento às informações falsas sobre pesquisas

Eleição

Crédito:TSE

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A possibilidade de interferência das fake news no processo eleitoral tem originado uma série de iniciativas de combate à desinformação. Apesar dos esforços da Justiça Eleitoral e das agências de checagem, a orientação é para que os brasileiros se mantenham atentos e aprendam a identificar quais conteúdos são realmente verídicos. 

Em abril deste ano, uma informação falsa divulgada na rede social Twitter foi objeto de investigação pelo Projeto Comprova, coordenado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), após alcançar mais de 5,4 mil interações.  

O post afirmava que uma pesquisa presidencial realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), apontava 85 milhões de votos em Jair Bolsonaro no primeiro turno, o que corresponderia a 70% do eleitorado. O texto também informava que o primeiro turno das eleições aconteceria no dia 22 de outubro. 

Ao fazer a investigação, o Projeto Comprova verificou que a pesquisa citada pela autora do tuíte não existia. Além disso, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o quantitativo de votos referente a 70% do eleitorado brasileiro é de 103 milhões, e não 85 milhões como informava o post. Outra afirmação enganosa é sobre a data do pleito: o primeiro turno será no dia 2 de outubro, e não 22. 

De acordo com a equipe do Projeto Comprova responsável pela checagem das informações, foi realizado o contato com a autora do post, mas ela não retornou. 

Combate à desinformação 

A possibilidade de que informações falsas sejam divulgadas e compartilhadas pela internet acendeu o alerta da Justiça Eleitoral para a criação de medidas de prevenção. Uma das iniciativas inclui a responsabilização penal para quem criar ou reproduzir conteúdo falso no ambiente digital. Além disso, foram firmadas parcerias com Google, Facebook, Instagram, YouTube, TikTok, Kwai e WhatsApp para a adoção de estratégias em conjunto. 

A Justiça Eleitoral tem solicitado aos eleitores que não contribuam para a disseminação de conteúdos falsos. Para isso, recomenda que antes de interagir ou compartilhar uma notícia, confira a procedência e a veracidade. 

No caso de dados sobre intenções de voto, o órgão alerta que todas as pesquisas eleitorais verdadeiras são registradas junto ao TSE. As informações estão disponíveis no portal do Tribunal e podem ser acessadas por todos os eleitores. 

No site também há quatro seções específicas que auxiliam no esclarecimento de dúvidas. Na área “Atendimento ao Eleitor” há dados sobre documentos, como título, justificativa, multa e certidões. Já em “Eleições 2022” estão todas as informações relativas ao pleito, incluindo estatísticas, pesquisas e perguntas mais frequentes. 

Por fim, a página “Fato ou Boato” desmente fake news que circulam na internet. Entre os últimos conteúdos inverídicos que foram desmentidos pela seção, estão as afirmações de que o aplicativo e-Título é espião, que os títulos de eleitores com mais de 70 anos estão cancelados e que o eleitor sem biometria não poderá votar. A Justiça Eleitoral reforça que todas essas afirmações são enganosas.

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