Diadema lança campanha para retificar nomes de pessoas trans
“Diadema: Meu Nome Importa” foi criada para atender a todas as pessoas que querem realizar a retificação de nome e gênero e não sabem a quem recorrer
- Data: 11/05/2022 19:05
- Alterado: 11/05/2022 19:05
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de Diadema
Crédito:Dino Santos / PMD
Mia, de 19 anos, já não tem que abaixar a cabeça quando apresenta um documento numa loja ou no caixa do banco. Murilo, de 38, também tem celebrado o fato de não precisar mais usar, como ele mesmo diz, o “falecido nome” em nenhuma ocasião. Aliás, celebrar seria um exagero se tanto ele quanto Mia não tivessem que enfrentar uma longa jornada até serem aceitos como são. Ambos são transexuais e conseguiram, depois de muita luta, a retificação de seus nomes de batismo.
Esses dois casos, no entanto, ainda estão longe de ser o padrão diante de um sistema que ainda tenta silenciar as vozes (e os direitos) das populações LGBTQIA+. E é justamente para encurtar os caminhos e amparar essa camada da população que a Coordenadoria de Diversidades, em parceria com o ambulatório DiaTrans, da Secretaria de Saúde, lançou nesta quarta (11) a campanha “Diadema: Meu Nome Importa”. A ação também conta com participação da Defensoria Pública da cidade.
“Diadema: Meu Nome Importa” foi criada para atender a todas as pessoas que, assim como Mia e Murilo, querem realizar a retificação de nome e gênero e não sabem a quem recorrer. A escolha do ambulatório DiaTrans como ponto de partida da campanha é justamente pelo fato de o local já ser um espaço de acolhimento de homens e mulheres trans, além de pessoas não-binárias. “Quem vier aqui receberá todas as orientações tanto pessoalmente quanto em materiais de divulgação, além de orientações para conseguir a isenção nos custos da retificação”, explica Robson de Carvalho, coordenador de Diversidades da Prefeitura de Diadema.
A expectativa é que, com a campanha, cada vez mais pessoas trans e não binárias consigam realizar o sonho de serem chamadas como quiserem – hoje, apenas 25% das pessoas atendidas pelo DiaTrans possuem nome retificado. “É muito pouco para o tamanho da população LGBTQIA+ que temos na cidade, mas com essa iniciativa, que é pioneira, com certeza vamos mudar esse cenário”, comentou Robson.
O lançamento contou a presença da vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Patty Ferreira, e do secretário de Governo, Dheison Renan.