“Projeto Ybá” identifica 17 espécies de bioativos da Floresta Amazônica para a indústria
Ao todo, o mapeamento da biodiversidade local identificou 17 espécies de árvores frutíferas de interesse comercial para a indústria cosmética e farmacêutica
- Data: 03/05/2022 15:05
- Alterado: 17/08/2023 04:08
- Autor: Redação
- Fonte: Dow
“Projeto Ybá” identifica 17 espécies de bioativos da Floresta Amazônica para a indústria cosmética
Crédito:Divulgação
A Dow anunciou a conclusão da etapa de mapeamento da biodiversidade e diagnóstico social das comunidades locais do município de Breu Branco, no Pará, para a implementação do “Projeto Ybá: Conservação que Transforma”. A iniciativa, lançada em maio de 2021, é realizada em colaboração com o Instituto Peabiru e The Nature Conservancy (TNC) e tem o objetivo de mapear a biodiversidade da área de floresta amazônica preservada pela Dow em seu complexo industrial local. Ao mesmo tempo, o projeto investe na capacitação dos moradores da região para a construção de uma cadeia produtiva de bioeconomia, por meio do manejo e extração sustentável dos bioativos da região.
Durante o mapeamento da biodiversidade local, realizado nos 38 mil hectares de área preservada da Dow, o Insituto Peabiru identificou 17 espécies vegetais de interesse comercial para a indústria cosmética e farmacêutica. Das espécies identificadas, 4 são de interesse da Natura – parte do grupo Natura & Co, quarta maior empresa de cuidados pessoais do mundo e principal parceira comercial do projeto.
Após estimativa do potencial produtivo, a marca de cosméticos Natura irá negociar a Andiroba, cujas sementes são utilizadas para a produção de óleo de andiroba, usado nos cosméticos. A empresa também contribui com sua experiência na capacitação técnica do grupo comunitário e promovendo a troca de experiência com outras cooperativas que atualmente já são suas fornecedoras de bioativos.
Impulso ao desenvolvimento da região
Com um investimento de R$ 1 milhão, o “Projeto Ybá: Conservação que Transforma” visa contribuir para o aumento da renda familiar na comunidade, além de conservar a floresta tropical. “Para assegurar a conservação da floresta é preciso oferecer à comunidade uma fonte de geração de renda, ao mesmo tempo em que a conscientiza sobre o valor da floresta em pé, por meio do manejo e extração sustentável. A Amazônia tem grande potencial para o florescimento da bioeconomia e o Projeto Ybá fomenta a conscientização sobre a preservação de recursos naturais, colabora para o incremento da renda das famílias da região e impulsiona a inovação”, explica Matias Campodonico, diretor de Sustentabilidade da Dow para a América Latina.
Para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico na região, o Projeto Ybá selecionou a Associação dos Agricultores da Vila Mamorana, formada majoritariamente por mulheres, entre as 25 comunidades que participaram do mapeamento social em torno de Breu Branco. A entidade será responsável pela extração sustentável dos frutos e sementes da floresta, destinando, inicialmente, essa produção para uma cooperativa parceira já fornecedora da Natura, que fará a comercialização. Em um segundo passo, com o apoio da Natura e orientação do Instituto Peabiru, a associação será estruturada tanto em processos como em capacidades técnicas necessárias ao fornecimento de bioativos ao mercado por meio de uma gestão sustentável e regenerativa.
“Os pilares ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) são a base de nossa atuação na América Latina. Faz parte do propósito da Dow investir em inovação sustentável em colaboração com nossos clientes, parceiros e comunidades onde atuamos. E o projeto Ybá é um exemplo dessa nossa filosofia”, afirma Flavia Venturoli, diretora comercial do negócio Soluções para Consumo da Dow na América Latina
Operação mais sustentável
Em Breu Branco, a Dow conta com um complexo fabril que concentra as atividades de manejo sustentável de florestas plantadas, fábrica de carbonização e produção de silício metálico, principal matéria-prima utilizada na produção de silicones. A unidade tem uma posição única em seu segmento, integrada a uma cadeia de valor global do negócio de silicones.
A produção de silício metálico no município paraense é destinada à própria Dow globalmente, e uma parte dela retorna como silicone para ser finalizada na fábrica de Hortolândia (SP), onde a Dow produz suas especialidades. Os silicones da Dow beneficiam mais de 25.000 clientes em todo o mundo em várias aplicações, como: cosméticos, construção, eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis etc.
A operação também se destaca por sua menor pegada de carbono quando comparada à média global da indústria de silício metálico. Esse resultado está diretamente ligado à matriz energética da unidade, que utiliza mais de 80% de energia renovável, e o uso de carbono de fontes também renováve