Ministro irlandês defende que UE deve impor sanções ao petróleo russo
Coveney argumentou que a UE deve "adotar uma abordagem maximalista para as sanções"
- Data: 11/04/2022 14:04
- Alterado: 11/04/2022 14:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Hannah McKay
O Ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, defendeu nesta segunda-feira, 11, que a União Europeia (UE) deveria considerar impor sanções à indústria petrolífera da Rússia, mas advertiu que é importante para o bloco de 27 nações permanecer unificado.
Coveney argumentou que a UE deve “adotar uma abordagem maximalista para as sanções” e que isso “deve incluir, a nosso ver, o petróleo”. “Sabemos que isso é muito difícil para alguns Estados-Membros e temos que manter uma posição unida”, ponderou, em Luxemburgo, onde ministros das relações exteriores do bloco participam de reunião.
O ministro irlandês ressaltou ainda que a UE “está gastando centenas de milhões de euros importando petróleo da Rússia. Isso certamente está contribuindo para financiar este guerra. E em nossa opinião, precisamos cortar esse financiamento da guerra.”
Itália
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, visita a Argélia, nesta segunda-feira, para assinar um acordo para obter mais gás natural, na mais recente tentativa de um líder europeu de buscar fontes alternativas de energia e reduzir sua dependência da Rússia após a invasão da Ucrânia.
A Rússia é o principal fornecedor de gás natural à Itália, respondendo por 40% de suas importações, seguida pela Argélia, que envia cerca de 21 bilhões de pés cúbicos de gás através do gasoduto transmediterrâneo. O novo acordo adicionaria 9 bilhões de pés cúbicos ao gás argelino, superando os 29 bilhões de pés cúbicos oferecidos pela Rússia.
A UE planeja cortar suas importações de gás russo em dois terços até o final deste ano e eliminá-las completamente até 2030, promovendo fontes alternativas de energia, como energia solar e eólica. A UE concordou com os Estados Unidos em receber mais gás natural liquefeito por mar.