Esqui cross-country encerra campanha paralímpica brasileira em Pequim
Atletas competem nas provas de meia distância e no revezamento misto
- Data: 11/03/2022 18:03
- Alterado: 17/08/2023 07:08
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Guilherme Rocha
Crédito:Ale Cabral/CPB
A participação do Brasil na Paralimpíada de Inverno de Pequim (China) termina neste sábado (12), com as últimas provas do esqui cross-country, realizadas na cidade de Zhangjiakou, a 180 quilômetros da sede dos Jogos. A partir de 1h30 (horário de Brasília), os cinco brasileiros da modalidade competem na disputa de meia distância (dez quilômetros no masculino e 7,5 quilômetros no feminino) para atletas que esquiam sentados. Às 23h, será a vez do revezamento misto.
A prova de média distância é a principal de Aline Rocha, quinta colocada no Campeonato Mundial disputado em Lillehammer (Noruega), em janeiro. Em Pequim, a paranaense de 31 anos chegou em sétimo no percurso longo (15 quilômetros) e décimo no curto (um quilômetro). Ela também esteve na edição anterior dos Jogos, em Pyeongchang (Coreia do Sul), em 2018.
“O percurso da prova de meia distância é um pouco diferente dos demais, vai ter partes mais planas. É tudo ou nada, eu vou tentar entregar meus 110%, muito forte desde o início para tentar a melhor colocação”, afirmou Aline, em depoimento ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Entre os homens, Cristian Ribera é o brasileiro com melhores resultados na China. O rondoniense de 19 anos foi o 14º na disputa longa (18 quilômetros) e o nono na curta (um quilômetro) – prova na qual foi vice-campeão mundial. Assim como Aline, ele também competiu em Pyeongchang e obteve o melhor resultado da história do país até o momento, com o sexto lugar na prova de longa distância.
Além de Cristian, o Brasil também será representado pelos paulistas Guilherme Rocha e Wesley dos Santos e pelo paraibano Robelson Lula, todos estreantes em Paralimpíadas. Guilherme foi o melhor do trio na prova longa (19º) e Robelson na distância curta (18º).
“Tentei entender os pontos onde perdi velocidade [na prova curta], fiz análise em pista também. Não estou satisfeito ainda, porque sempre pensamos na medalha. Sei que estamos treinando muito para isso, cada prova é uma evolução, estamos no caminho certo. Talvez não seja hoje ou amanhã, mas um dia estaremos no topo”, disse Guilherme, também ao site do CPB.
A última prova com participação brasileira será o revezamento misto. A equipe terá quatro atletas do esqui cross-country, onde cada um encara 2,5 quilômetros do percurso. Em 2018, o Brasil foi representado por Cristian e Aline – que intercalaram os trechos, esquiando duas vezes cada – e ficou na 13ª e última colocação.
Snowboard
Um dos brasileiros que foram a Pequim encerrou a participação nos Jogos na madrugada desta sexta-feira (11). O snowboarder André Barbieri chegou na 13ª posição da prova do banked slalom (onde o atleta tem duas descidas para enfrentar um percurso, com o menor tempo sendo considerado para o resultado final). Estreante, o gaúcho já havia terminado a disputa do snowboard cross na mesma colocação.
“Estou muito emocionado. Todo o trabalho de atleta aqui é recompensado. Foi um dia muito especial para mim. A lembrança é para sempre. Participar dos Jogos no dia do meu acidente [em 11 de março de 2011, quando teve de amputar a perna esquerda], do aniversário da minha filha [Maile, de um ano], não tem preço”, celebrou André, que compete na classe LL1 (atletas com deficiência em uma ou ambas as pernas), à página do Comitê.
O melhor tempo do gaúcho no banked slalom foi registrado na segunda descida: 1min22s18. Na primeira, ele sofreu uma queda no início do percurso e fez 1min43s86. O chinês Zhongwei Wu conquistou o ouro (1min10s85). A prata foi para o holandês Chris Vos (1min12s06). O canadense Tyler Turner (1min12s84) levou o bronze e completou o pódio.