32 anos do ECA: pandemia expôs necessidade do Estado para de crianças e adolescentes

Principal marco regulatório voltado para a defesa de jovens do país, o ECA foi publicado em 1990

  • Data: 13/07/2022 19:07
  • Alterado: 13/07/2022 19:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Alesp
32 anos do ECA: pandemia expôs necessidade do Estado para de crianças e adolescentes

Crédito:Governo do Estado de São Paulo

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Neste dia 13 de julho é comemorado em todo o Brasil o Dia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), publicado pela primeira vez em 1990. O documento que completa 32 anos em 2022 é o principal marco regulatório voltado para a defesa de jovens do país.

O ECA foi criado após a promulgação da Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 227 determina que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar os direitos da criança e do adolescente.

O Estatuto é hoje reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das legislações mais completas na área e versa sobre direitos referentes à vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária.

Apesar dos esforços para a proteção das crianças e adolescentes, os índices de casos de violência e exploração de jovens no Brasil seguem alarmantes, principalmente por conta da pandemia. Um levantamento feito pela Unicef mostrou que o número de crianças e adolescentes em trabalho indevido voltou a crescer depois de duas décadas, atingindo 160 milhões de jovens.

Na cidade de São Paulo, o levantamento feito pelo Unicef entre os meses de maio e julho de 2020, apontou o agravamento no trabalho infantil no Estado durante a pandemia. O estudo, realizado com 52.744 famílias em situações de vulnerabilidade social de diversas regiões, identificou um aumento de 26% do trabalho infantil no período.

Além disso, o número de denúncias de maus-tratos contra crianças e adolescentes cresceu 12% em 2021, de acordo com a prefeitura. Foram 346 denúncias de agressões e desrespeito ao ECA, além de 130 denúncias de trabalho infantil recebidas pelo número 156.

Com a chegada da pandemia, a subnotificação de casos de violência contra menores se tornou mais um desafio para o poder público. De acordo com dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2019 foram registrados 414 processos e 1.077 inquéritos policiais envolvendo crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Já em 2020, os números caíram para 231 processos e 849 inquéritos, voltando a crescer em 2021, com a marca de 279 processos e 906 inquéritos policiais registrados no Estado.

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