23% dos trabalhadores apresentam sintomas de burnout, revela pesquisa
O levantamento revelou que mulheres, pessoas do grupo LGBTQIAP+, e trabalhadores envolvidos em produção ou atividades manuais estão entre os mais vulneráveis ao esgotamento
- Data: 04/02/2025 14:02
- Alterado: 04/02/2025 14:02
- Autor: Redação
- Fonte: WTW
Saúde mental
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
O esgotamento profissional, conhecido como burnout, tem se tornado uma questão crítica no mercado de trabalho. De acordo com uma pesquisa realizada pela WTW, consultoria e corretora global especializada em gestão de riscos, 23% dos trabalhadores entrevistados relatam níveis elevados de estresse relacionados ao trabalho. O levantamento, que ouviu cerca de mil profissionais de diferentes setores, revelou que o esgotamento impacta diretamente no bem-estar integrado, afetando a saúde física, emocional e financeira.
O estudo da WTW também aponta que:
- 3 em cada 10 profissionais se sentem esgotados no trabalho, esses possuem 2,6 vezes mais probabilidades de se sentirem solitários e 2 vezes mais dificuldade em seguir o plano para melhorar as finanças.
- A condição afeta principalmente as mulheres, integrantes do grupo LBGBTQIAP+ e trabalhadores envolvidos em produção ou atividades manuais.
- Cerca de 28% dos entrevistados acreditam que maior flexibilidade no trabalho, incluindo a possibilidade de trabalho remoto, pode ser uma solução eficaz para ajudar a gerenciar o esgotamento.
- Colaboradores esgotados têm menos probabilidade de focar em seu bem-estar, como práticas de bem-estar físico e bem-estar emocional.
O burnout foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como síndrome ocupacional crônica em 2022, caracterizado por sintomas como exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Uma análise do Google Trends revelou que as buscas on-line pela síndrome de burnout aumentaram 37% em 2024, refletindo um crescimento significativo no número de casos registrados.
Para lidar com esse desafio, é fundamental que as empresas compreendam como o burnout afeta não só o bem-estar dos colaboradores, mas também o desempenho e os resultados da organização.
Para enfrentar esse cenário, as empresas devem adotar estratégias de bem-estar que engajem líderes e equipes, garantindo modelos de trabalho flexíveis e uma experiência profissional valorizada. Investir em inclusão, reconhecimento, remuneração justa e crescimento profissional reduz significativamente o esgotamento e fortalece a retenção de talentos.
O estudo mostra que quem se sente valorizado e reconhecido no trabalho tem níveis significativamente menores de esgotamento.
Diante desse cenário, é fundamental que as organizações assumam um papel ativo na construção de uma cultura que priorize o bem-estar. Desenvolver ambientes de trabalho mais saudáveis e inclusivos não é apenas uma necessidade, mas um diferencial estratégico para a sustentabilidade do negócio e para a criação de um ecossistema corporativo equilibrado.