Venezuela desafia veto brasileiro ao BRICS e Maduro reforça laços com Rússia
Relações se aquecem novamente.
- Data: 15/11/2024 17:11
- Alterado: 15/11/2024 17:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
Na recente transmissão ao vivo, Nicolás Maduro declarou que a Venezuela é parte integrante do BRICS, apesar do veto brasileiro à entrada de Caracas no bloco. Essa decisão brasileira aprofundou a crise diplomática entre os países vizinhos. Maduro destacou a participação de um ministro venezuelano em uma reunião de mídia do Sul Global, associada ao BRICS, como um “gesto bonito”. O bloqueio ocorreu durante a 16ª reunião do BRICS em Kazan, na Rússia, e gerou controvérsias devido às estreitas relações de Caracas com Moscou. O presidente russo Vladimir Putin expressou sua discordância com o veto.
Desde as eleições venezuelanas, vistas como fraudulentas por muitos, Maduro entrou em conflito com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Lula não reconheceu o resultado eleitoral, causando uma quase ruptura diplomática com o regime venezuelano. Em resposta ao veto ao BRICS, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela emitiu uma nota criticando a postura brasileira como “antilatino-americana”. A Venezuela chegou a convocar seu embaixador em Brasília para consultas e criticou autoridades brasileiras.
Entretanto, nos últimos dias, houve sinais de distensão nas relações entre os dois países. O embaixador venezuelano Manuel Vadell anunciou seu retorno a Brasília após elogios de Maduro às declarações de Lula sobre as eleições na Venezuela. Lula afirmou que não cabe ao Brasil questionar as decisões da Suprema Corte venezuelana, controlada pelo chavismo. Em resposta, Maduro concordou com Lula sobre cada país resolver seus próprios problemas internamente.
A evolução dessas interações destaca as complexas relações diplomáticas na América Latina e a influência das alianças internacionais no contexto geopolítico atual. As tensões e reconciliações refletem os desafios enfrentados pelas nações na busca por equilíbrio entre interesses regionais e soberania nacional.