Usina nuclear Angra 2 Pode Revolucionar o Tratamento de Câncer no Brasil

Produção de radiofármacos para tratamento de câncer impulsionará setor médico e energético nacional.

  • Data: 27/11/2024 23:11
  • Alterado: 27/11/2024 23:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
Usina nuclear Angra 2  Pode Revolucionar o Tratamento de Câncer no Brasil

Crédito:Divulgação

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A usina nuclear de Angra 2, localizada em Angra dos Reis, RJ, está prestes a ampliar seu papel no cenário energético e de saúde do Brasil. Em um movimento inovador, estudos técnicos serão conduzidos para avaliar o potencial da usina na produção de radiofármacos, isótopos radioativos fundamentais para o diagnóstico e tratamento de várias doenças, incluindo diferentes tipos de câncer.

Atualmente, Angra 2 é essencialmente uma produtora de energia elétrica com capacidade instalada de 1.350 MW, suficiente para abastecer uma cidade com até 4 milhões de habitantes. No entanto, um memorando de cooperação entre a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e a Eletronuclear, assinado em 28 de setembro, visa explorar o uso do reator nuclear para fins medicinais. A intenção é diminuir a dependência do Brasil em relação à importação desses medicamentos caros, como o Lutécio 177, utilizado no tratamento do câncer de próstata.

Este desenvolvimento poderia transformar significativamente o mercado nacional de radiofármacos, tornando os tratamentos mais acessíveis à população brasileira. Atualmente, a produção local é limitada e realizada por pequenos geradores operados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O projeto tem potencial não apenas para reduzir custos, mas também para garantir uma cadeia de fornecimento mais robusta e eficaz dentro do país.

Contudo, a integração desses medicamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta desafios financeiros devido ao alto custo dos tratamentos mais avançados. Especialistas enfatizam a importância de equilibrar investimentos na produção nacional com iniciativas de prevenção e diagnóstico precoce do câncer. Este equilíbrio é vital para melhorar o combate à doença no Brasil, proporcionando acesso equitativo a tratamentos eficazes para todos os pacientes.

A cooperação entre a Eletronuclear e parceiros da medicina nuclear simboliza um passo crucial em direção à inovação tecnológica e à sustentabilidade na saúde pública brasileira.

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  • Data: 27/11/2024 11:11
  • Alterado:27/11/2024 23:11
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