Trump afirma que mais mortes teriam ocorrido no Texas com controle de armas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que que se houvesse mais restrições, vítimas do ataque na igreja no Texas 'poderiam ser centenas’
- Data: 07/11/2017 15:11
- Alterado: 16/08/2023 01:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Questionado durante uma coletiva de imprensa na Coreia do Sul sobre se apoiaria um “veto extremo” para compras de armas, assim como apoia um “veto extremo” para imigrantes de alguns países, Trump disse: “Se você fizesse o sugerido, não faria a mínima diferença no Texas e talvez não tivesse uma pessoa corajosa que tinha uma arma. Ao invés de 26 mortos, teríamos centenas”, disse Trump em referência a Stephen Willeford, morador de Sutherland Springs que, armado com seu próprio fuzil, enfrentou o homem que abriu fogo em uma igreja matando 26 pessoas e se suicidando em seguida.
O presidente americano encerrou assim as perguntas sobre uma modificação de lei em razão do pior massacre da história do Texas em entrevista coletiva em Seul, onde afirmou que “o Estado com mais controles de armas é Chicago e é um desastre”.
Trump, que realiza uma visita oficial à Coreia do Sul, participou de uma entrevista coletiva junto ao seu colega, Moon Jae-in, na qual voltou a defender sua postura com relação às armas. O líder americano já havia afirmado no dia anterior em Tóquio que o ataque ocorreu em razão de “um problema de saúde mental de alto nível” e não de armas.
Segundo informações, o atirador Devin Patrick Kelley, um ex-soldado de 26 anos que foi expulso da Força Aérea por má-conduta, foi atingido por dois tiros de moradores que o seguiram quando ouviram os disparos e depois se suicidou com um tiro na cabeça. Segundo as autoridades dos EUA, o atirador atirou pelo menos 450 vezes em pessoas em uma igreja batista da cidade de Sutherland Springs, no Texas, no domingo. As vítimas tinham entre 18 meses e 77 anos de idade. No total, 26 pessoas morreram e 20 ficaram feridas.